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Olivina, parte 2: um novo super mineral na produção de hidrogênio natural e captura marinha de CO2?

Hoje é segunda-feira, 8 de abril de 2024.


Dando sequência ao post da última sexta-feira, hoje abordaremos o papel da olivina em um método de remoção de carbono pelos oceanos que já está sendo testado nos Estados Unidos.


A olivina - (Mg, Fe)₂SiO₄ - também se dissolve em água, aumentando a absorção de CO2, aumentando o pH e levando à alcalinidade. Como tal, este processo tem o potencial de contrabalançar a acidificação dos oceanos, com a crescente dissolução do CO2 atmosférico na água do mar.


Aqui está como o United States Environmental Protection Agency (EPA) define essas técnicas de mitigação climática baseadas nos oceanos:


  • Marine carbon dioxide removal (mCDR) é um processo ou técnica oceânica projetada para remover dióxido de carbono da atmosfera e armazená-lo por longos períodos de tempo no oceano. Exemplos de técnicas de mCDR incluem a adição de materiais alcalinos ao oceano para aumentar a quantidade de carbono armazenado nas águas oceânicas; adicionar ferro ou outros nutrientes às águas oceânicas para aumentar o crescimento do fitoplâncton e a “exportação” de carbono para as profundezas do oceano; e afundar materiais orgânicos, como algas ou resíduos de colheitas, nas profundezas do oceano.


  • Marine solar radiation management (mSRM) é um processo ou técnica baseada no oceano, projetada para limitar o aquecimento da superfície terrestre. O mSRM não remove o excesso de dióxido de carbono da atmosfera. As técnicas mSRM propostas envolvem a adição de materiais às águas oceânicas, ao gelo marinho ou à baixa atmosfera para aumentar a quantidade de radiação solar (por exemplo, calor) refletida da superfície do oceano para limitar o aquecimento da superfície ou o derretimento do gelo marinho.


Há poucos dias, a empresa Vesta tornou-se o primeiro projeto mCDR nos Estados Unidos a receber uma licença oficial da EPA e autorização do Exército dos EUA para um projeto maior de captura de carbono costeiro, envolvendo 9.000 toneladas de olivina a ser disposta na costa da Carolina do Norte.


Há também referência a outro local de teste da Vesta na República Dominicana, litoral norte da área de Puerto Plata.


Clique na imagem abaixo e veja como tudo isso funciona. No portal Vesta, a seção Science traz alguns outros estudos de interesse. E aqui para as 194 páginas do  “Vesta Annual Monitoring Report Period June 2022 - January 2023. Coastal Carbon Capture at North Sea Beach”.


E embora estes testes comecem sem um ambiente jurídico regulamentado - sobre a alteração intencional da química dos oceanos - um grupo de mais de 400 cientistas mundiais vem apoiando investigações para ver se os métodos de remoção de carbono baseados nos oceanos são de fato viáveis.


Em suma, cientistas e engenheiros abordando processos naturais com olhos mais modernos.




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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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