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36ª semana Carbon Credit Markets 2025. 🇰🇪 transforma carbono atmosférico em rocha; 🇯🇵 lidera; CVM esclarece regras; 🌎 ISO e GHG Protocol; 🌲 carbono em florestas boreais; Cercarbono; SAF e mais.

  • Art Dam
  • 14 de set.
  • 7 min de leitura

Segunda-feira, 15 de setembro de 2025.


Destaques da 36ª semana Carbon Credit Markets 2025


- Créditos de Carbono. 🇰🇪 Quênia potencializando os recursos naturais do Rift Valley Africano para transformar carbono atmosférico em rocha; 🇯🇵Japão lidera mecanismo internacional para créditos de carbono com 28 países parceiros; e 🇧🇷 CVM esclarece regras do Mercado Regulado de Carbono com novo FAQ: são valores mobiliários quando negociados no mercado financeiro.


- Outros Destaques. 🌍 ISO e GHG Protocol anunciam parceria histórica para padronizar contabilidade de carbono;🌲Chloris lança novo modelo para monitoramento de um terço da área florestal global: as frias florestas boreais 🧊


- Oportunidades. Duas audiências públicas: 🇨🇴 A nova versão da Metodologia REDD+ v3.0 da Cercarbono e ferramenta Climate Vulnerability Signals (Climate.VS) da Fitch Ratings para identificar instituições financeiras com maior exposição a riscos relacionados ao clima; novo artigo de Dany Oliveira destaca que ✈️ O Brasil tem potencial para se tornar a “Arábia Saudita do SAF”, apesar dos desafios.


- Eventos. Countdown to CBAM, Ethical Finance, Climate Week NYC, Hydrogen, JCM 🇯🇵🇮🇳 e muito mais.



CREDITOS DE CARBONO


🇰🇪 Rift Valley Africano: O Futuro da Remoção de Carbono Está Surgindo no Coração do Quênia

A Octavia Carbon está liderando uma revolução climática no Quênia ao desenvolver tecnologia de captura direta de CO₂ do ar (DAC), alimentada por energia geotérmica local e armazenada permanentemente em rochas basálticas por meio de mineralização. Essa abordagem inovadora aproveita os recursos naturais do Vale do Rift para transformar carbono atmosférico em rocha, oferecendo uma solução duradoura e escalável para a crise climática. O recente acordo de offtake de 10 anos, facilitado pela Carbonfuture, marca um avanço significativo, sinalizando confiança do mercado e viabilidade comercial da tecnologia.


O Quênia está se consolidando como um polo global de créditos de carbono, com destaque para sua capacidade de gerar empregos e exportações no setor. Segundo a BeZero Carbon, a África Oriental já responde por 10% da emissão mundial de créditos, o maior índice proporcional ao PIB global. Estima-se que esse mercado possa gerar mais de US$ 1 bilhão em exportações na próxima década e criar mais de 1,7 milhão de empregos relacionados ao carbono. Iniciativas como a da Octavia Carbon, ao lado de outras como Sirona Technologies - desenvolve tecnologia modular de captura direta de CO₂ e está ativa no Quênia com o projeto Jacaranda - e Cella - especialista em mineralização e armazenamento permanente de carbono, parceira da Sirona - estão posicionando o país como protagonista na próxima década de remoção de carbono. Um vídeo inspirador mostra esse ecossistema em ação: assista aqui. Para conhecer mais sobre essa jornada transformadora, visite https://www.octaviacarbon.com, https://www.sirona.tech e https://www.cellamineralstorage.com



🇯🇵Japão lidera mecanismo internacional para créditos de carbono com 28 países parceiros

O site oficial do Joint Crediting Mechanism (JCM) apresenta a iniciativa liderada pelo governo do Japão para promover projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa em parceria com países em desenvolvimento. O mecanismo permite que o Japão compartilhe tecnologias de baixo carbono e, em troca, receba créditos de carbono que contribuem para suas metas climáticas. Entre os países participantes estão Indonésia, Vietnã, México, Chile, Índia, Etiópia, Bangladesh, Quênia, Filipinas, Tailândia e mais 18 nações.


O portal detalha metodologias aprovadas, projetos registrados e créditos emitidos, além de abrir consultas públicas sobre novos projetos. A Tailândia, por exemplo, concentra diversas propostas recentes, como sistemas solares em fábricas, bombas de calor e refrigeração eficiente. O JCM reforça a cooperação internacional em mitigação climática e oferece transparência sobre os resultados alcançados por meio de dados abertos e atualizações regulares. Acompanhe no site.



📘CVM esclarece regras do Mercado Regulado de Carbono com novo FAQ

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil 🇧🇷 lançou no último dia 10 de setembro um FAQ sobre o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), instituído pela Lei nº 15.042/2024. Com 13 perguntas e respostas, o documento oferece clareza e agilidade para emissores, investidores e demais participantes do mercado de capitais, explicando desde os fundamentos do modelo cap-and-trade até o papel da CVM na supervisão das operações. O SBCE estabelece limites de emissões e permite a negociação de ativos como as Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs), que representam o direito de emitir 1 tCO₂e, e os Certificados de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVEs), que comprovam a redução ou remoção de 1 tCO₂e. Ambos são considerados valores mobiliários quando negociados no mercado financeiro, incluindo créditos do mercado voluntário, e estão sujeitos à regulação da CVM.


O documento também detalha a governança do SBCE, que será gerido por uma entidade vinculada ao Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), responsável pela definição de limites, alocação de CBEs e verificação de projetos. A implementação será gradual, começando por grandes emissores (acima de 10 mil tCO₂e/ano), com exigências mais rígidas a partir de 25 mil tCO₂e. Alinhado às metas do Acordo de Paris, o sistema visa reduzir entre 59% e 67% das emissões até 2035, em relação aos níveis de 2005. O mercado voluntário permanece vigente, mas com maior padronização e segurança jurídica para os CRVEs utilizados no SBCE


Clique abaixo para baixar o FAQ.



Vale a pena lembrar que também esse mês a FASB (Financial Accounting Standards Board) dos Estados Unidos 🇺🇸 definiu créditos voluntários como despesa. Além disso, há poucos dias o Grupo de Trabalho da UNIDROIT teve sua sexta sessão para discutir a natureza jurídica (internacional) dos créditos de carbono. Em breve traremos novidades. 



OUTROS DESTAQUES


🌍 ISO e GHG Protocol anunciam parceria histórica para padronizar contabilidade de carbono,

A Organização Internacional de Normalização (ISO) e o Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GHG Protocol) anunciaram uma parceria estratégica para unificar os padrões globais de medição e relato de emissões de carbono. O objetivo é criar um conjunto co-branded de normas que harmonize os principais frameworks existentes, como a família ISO 1406X e os padrões corporativos e de ciclo de vida do GHG Protocol. Essa iniciativa busca reduzir a complexidade regulatória e facilitar a transparência nas divulgações climáticas, beneficiando empresas, governos e investidores.


Além disso, a colaboração prevê o desenvolvimento de um novo padrão conjunto para pegada de carbono de produtos, atendendo à crescente demanda por dados precisos em cadeias de suprimentos. A parceria é vista como um passo decisivo rumo à simplificação da contabilidade de carbono e ao avanço das metas globais de descarbonização. 


Mais detalhes estão disponíveis no comunicado oficial: ISO and GHG Protocol Strategic Partnership.



🌲Chloris lança novo modelo Boreal Biomass para monitoramento florestal.

As florestas boreais — ou taiga — ocupam cerca de um terço da área florestal global e são fundamentais para o equilíbrio climático, graças aos seus vastos estoques de carbono. Localizadas em regiões frias do hemisfério norte, como Canadá, Rússia (os dois maiores países do mundo), Escandinávia e Alasca, essas florestas enfrentam um aquecimento acelerado, acima da média global, o que as torna cada vez mais vulneráveis a incêndios e ao degelo do permafrost — fenômenos que podem liberar grandes quantidades de carbono e intensificar a crise climática.


Em resposta a esse cenário crítico, a Chloris Geospatial lançou seu novo Boreal Biomass Model, uma ferramenta avançada para medir com precisão a biomassa acima do solo em regiões boreais. Com dados de satélite e validações por LiDAR aéreo e medições de campo, o modelo oferece estimativas detalhadas de estoques e mudanças de carbono com resolução de poucos metros. A novidade fortalece projetos de carbono, cadeias de suprimento e relatórios regulatórios naqueles países. Veja aqui o chamado da Chloris Geospatial no LinkedIn.



OPORTUNIDADES


🇨🇴 A nova versão da Metodologia REDD+ v3.0 da Cercarbono. A revisão fortalece a integridade, as salvaguardas e a consistência com os marcos da UNFCCC, reforçando a confiança nos projetos REDD+ em níveis jurisdicional e de projeto. Em consulta pública até 25 de setembro de 2025 (EN/ES). 


⚠️ Climate Vulnerability Signals (Climate.VS). A Fitch Ratings convida para contribuir com o desenvolvimento de uma nova abordagem para a avaliação de riscos climáticos no setor financeiro. O documento preliminar (exposure draft) apresenta os Climate Vulnerability Signals (Climate.VS) como ferramenta de triagem para identificar instituições com maior exposição a riscos relacionados ao clima. Essa proposta dá continuidade ao discussion paper publicado em abril de 2025 e está aberta para comentários até 3 de outubro de 2025, por meio do e-mail: criteria.feedback@fitchratings.com.


✈️ O Brasil tem potencial para se tornar a “Arábia Saudita do SAF” — liderando globalmente a produção de Combustível de Aviação Sustentável graças à sua matriz energética limpa, abundância de biomassa e experiência em biocombustíveis. Mas como destaca o especialista Dany Oliveira, o país ainda enfrenta desafios como alto custo, baixa oferta e necessidade de investimentos robustos. Com metas climáticas internacionais entrando em vigor a partir de 2027, o Brasil precisa transformar esse cenário em oportunidade — e o artigo mostra como inovação, políticas públicas e colaboração estratégica podem ser o caminho. Vale a leitura do artigo no PANROTAS ou abaixo para download, cópia gentilmente cedida pelo próprio autor, que conhecemos na 30ª edição do Congresso e Mostra Internacionais de Mobilidade SAE BRASIL, painel “Voando verde com os combustíveis sustentáveis". Aqui um outro artigo de Dany no LinkedIn mostrando a evolução anual da quantidades de acordos de SAF.




EVENTOS


🖥️📍17 de setembro, Countdown to CBAM 2026: How Businesses and Industries Are Getting Ready. Especialistas da OPIS detalham os efeitos do CBAM no comércio e na precificação de carbono, com orientações para manter a competitividade frente às novas regras.


🏴󠁧󠁢󠁳󠁣󠁴󠁿📍17 de setembro, Ethical Finance Global 2025: Retreat, Recalibrate or Revitalise? Em Edinburgh, Escócia.


🇺🇸📍21 a 28 de setembro, Climate Week NYC 2025. Saiba mais aqui no site oficial.


🇺🇸📍22 de setembro, 2025 Forbes Sustainability Leaders Summit. Online ou presencial em Nova Iorque.


🇪🇺🖥️ 22 de setembro, Innovation Fund Webinar – IF25 Hydrogen Auction. European Commission’s Directorate-General for Climate Action tratará do rascunho dos Termos e Condições (T&C) para o próximo Leilão de Produção de Hidrogênio de 2025 do Fundo de Inovação (IF25 Hydrogen Auction).



🇧🇷📍26 de setembro. Visita a Aquapolo Ambiental, um dos maiores empreendimentos de reuso de água da América do Sul. Visita organizada pelo IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.


🇧🇪📍29 de setembro a 3 de outubro, European Hydrogen Week #EUH2Week2025. Em Bruxelas, Bélgica.


🇧🇪📍30 de setembro, Climate action that works for you – An agenda for competitiveness, prosperity and resilience. No European Commission’s Charlemagne building em Bruxelas.



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The Rift Valley, Kenya
The Rift Valley, Kenya

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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

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Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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