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  • Art Dam
  • há 8 minutos
  • 8 min de leitura

Segunda-feira, 18 de agosto de 2025.


Destaques da 32ª semana Carbon Credit Markets 2025


- Créditos de Carbono. Banco dos 🇺🇸 Estados Unidos aposta em blockchain para revolucionar o mercado; e detalhes das exemplares NDCs do 🇰🇭 Camboja e das 🇸🇧 Ilhas Salomão


- Outros Destaques. 🇺🇸 Estados Unidos: Exército trabalha para proteger o 3o maior porto do país contra avanço do mar; banco lança Green and Social Bond ETF para Mercados Emergentes; freio na expansão da energia limpa; SEC e suas regras climática em litígio; e exportação de tecnologia para produção de etanol a partir de trigo no 🇧🇷 Brasil


- Oportunidades. 🇧🇷 Tudo que foi apresentando no Fastmarkets Latin America Carbon Forum; ferramentas de IA divulgadas no 🇺🇳UN Adaptation Expo; 🇬🇧UK Sustainability Reporting Standards; e 🇪🇺Survey on the Amended ESRS Exposure Drafts 2025


- Eventos. 🇧🇷IETA Latin America Climate Summit (26–28 ago); 🇦🇺Carbon Derivatives Seminar (28 ago-30 out); 🇪🇹#ClimateWeek2025 (1-6 set);  🇪🇹Africa Climate Summit, (8-10 set); e 🇲🇽Mexico Carbon Forum 2025, (10-11 set)



CREDITOS DE CARBONO


🇺🇸 JPMorgan aposta em blockchain para revolucionar o mercado de créditos de carbono.

A JPMorgan, por meio de sua unidade Kinexys, lançou uma aplicação inovadora para tokenizar créditos de carbono diretamente na camada de registro, em parceria com S&P Global Commodity Insights, EcoRegistry e International Carbon Registry. A iniciativa visa enfrentar os principais desafios do mercado voluntário de carbono — como falta de padronização, transparência e fragmentação — criando um ecossistema global interoperável. Com rastreabilidade completa e maior eficiência, a tokenização pode aumentar a confiança e a liquidez do mercado, além de facilitar a integração com instituições financeiras e provedores de serviços ambientais. Leia o comunicado oficial da JPMorgan.



🪙 Créditos de Carbono e Artigo 6 — do Rio Mekong ao Oceano Pacífico: o que Camboja e Ilhas Salomão trazem em suas novas NDCs.


🇰🇭 O Camboja, no Sudeste Asiático, tem cerca de 17,8 milhões de habitantes, maioria budista e rural. Com clima tropical e relevo plano, é cortado pelo rio Mekong e o lago Tonlé Sap. Sua economia depende da agricultura, indústria têxtil e turismo. O país abriga florestas tropicais biodiversas, especialmente nas regiões montanhosas, mas enfrenta desmatamento acelerado por atividades agrícolas e exploração ilegal de madeira. Também lida com desafios como pobreza rural, baixa industrialização e impactos climáticos, como enchentes e variações extremas durante as monções.


Da nova NDC do Camboja, merecem destaques:


Sobre Créditos de Carbono e Mercado de Carbono, como ferramentas estratégicas para financiar ações climáticas e promover o desenvolvimento sustentável:

  • Criação de um Registro Nacional de Carbono: O país está desenvolvendo um sistema para rastrear e registrar transações de créditos de carbono.

  • Secretariado de Créditos de Carbono (CCS): Responsável por coordenar políticas e garantir integridade ambiental nas transações.

  • Setores-chave envolvidos: Energia, transporte, indústria e uso da terra são os principais setores onde os créditos de carbono podem ser gerados.

  • Financiamento climático: O Camboja pretende acessar fundos internacionais como o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o novo Fundo para Resposta a Perdas e Danos (FRLD).


Sobre o Artigo 6 do Acordo de Paris, forma de cooperação internacional voluntária para alcançar metas climáticas, incluindo mecanismos de mercado:

  • Explora oportunidades de cooperação bilateral e multilateral sob o Artigo 6.2 (transferência de resultados de mitigação).

  • Planeja participar de mecanismos de mercado sob o Artigo 6.4, que envolve projetos registrados e aprovados internacionalmente.

  • Busca apoio técnico e financeiro internacional para implementar esses mecanismos com transparência e integridade ambiental.

  • Integra o Artigo 6 à sua estratégia de financiamento climático, especialmente para medidas condicionais que dependem de apoio externo.


E sobre a Estratégia Geral

  • O Camboja estima um custo total de US$ 32,2 bilhões para implementar sua NDC 3.0 entre 2026 e 2035.

    • Mitigação: US$ 22,68 bilhões

    • Adaptação: US$ 9,37 bilhões

    • Medidas preparatórias: US$ 172 milhões

  • Quase dois terços desse valor são destinados ao setor de energia, com foco em aumentar a participação de energias renováveis para até 80% da matriz elétrica até 2035.

  • O país aposta em financiamento misto, mercados de carbono e investimento privado como pilares para viabilizar suas metas climáticas.


🇸🇧 As Ilhas Salomão, localizadas na Oceania há cerca de 2.00o km da Papua-Nova Guiné, são um arquipélago formado por centenas de ilhas tropicais com rica biodiversidade e clima equatorial úmido. A população, de cerca de 840 mil habitantes, é majoritariamente melanésia e vive em comunidades rurais com forte presença da agricultura de subsistência e pesca artesanal. A economia depende da exportação de madeira, óleo de palma e cacau, além de significativa ajuda externa. No entanto, o país enfrenta sérios desafios ambientais, como desmatamento acelerado, degradação de recifes de coral e os efeitos das mudanças climáticas — incluindo o aumento do nível do mar, que já causou o desaparecimento de ilhas e o deslocamento de comunidades costeiras.


A nova NDC das Ilhas Salomão indica o seguinte:


  • Artigo 6 da Convenção do Clima (UNFCCC): As Ilhas Salomão reconhecem o potencial de participar de mercados de carbono internacionais conforme previsto no Artigo 6 do Acordo de Paris, que permite a cooperação entre países para atingir metas climáticas por meio de transferência de reduções de emissões.

  • Intenção de Participação: O país manifesta interesse em comercializar créditos de carbono gerados por projetos de reflorestamento, energia renovável e conservação florestal, mas ainda está em fase de preparação institucional e técnica.

  • Condições para Participar:

    • Requer apoio internacional em forma de financiamento, capacitação e transferência de tecnologia.

    • Precisa desenvolver sistemas robustos de monitoramento, reporte e verificação (MRV) para garantir transparência e integridade ambiental.

    • Planeja usar uma nova ferramenta nacional chamada iMRV Tool para rastrear e validar reduções de emissões.

  • Potencial de Remoção: As florestas existentes no país removem cerca de 30 vezes mais CO₂ do que o total de emissões nacionais, o que posiciona as Ilhas Salomão como um possível exportador líquido de créditos de carbono.



OUTROS DESTAQUES


🇺🇸 US Army Corps propõe mega muro de US$ 1,1 bilhão para proteger Charleston contra avanço do mar.

Proposta impressionante de um muro de 12 pés de altura - quase 4 metros - e 14 km de extensão ao redor da histórica península de Charleston, Carolina do Sul — onde começou a Guerra Civil Americana — para proteger o terceiro maior porto dos EUA contra tempestades e o aumento acelerado do nível do mar. Com custo estimado em US$ 1,1 bilhão, o projeto inclui barreiras naturais e soluções sustentáveis, visando preservar hospitais, bairros e patrimônios históricos ameaçados por inundações cada vez mais frequentes. Fundado há mais de 250 anos, o U.S. Army Corps of Engineers é uma agência ligada ao Exército dos Estados Unidos, responsável por obras de engenharia civil e militar. Leia mais a respeito do projeto.



🇺🇸🏛️Goldman Sachs Lança um Green and Social Bond ETF para Mercados Emergentes.

O fundo foca em títulos verdes e sociais emitidos por governos e empresas em mercados emergentes comprometidos com projetos de impacto ambiental e social, como energia limpa, infraestrutura sustentável e inclusão social. Combinando análise de crédito com critérios ESG, o ETF oferece aos investidores uma forma de alinhar retorno financeiro com impacto positivo em regiões de alto potencial de crescimento. Leia o press release de 18 de junho de 2025.



🇺🇸 Novo projeto de lei nos EUA ameaça frear expansão da energia limpa até 2030, segundo BloombergNEF.

Se por um lado, os EUA reforçam créditos fiscais para carbon capture & storage (CCS), o recém-aprovado One Big Beautiful Bill Act está restringindo o acesso a créditos fiscais para energia limpa, o que deve desacelerar significativamente o crescimento de projetos de energia solar, eólica e armazenamento até 2030.

  • Projeção de queda: BloombergNEF estima uma redução de 23% nas novas instalações de energia limpa até 2030, com destaque para:

    • Energia eólica onshore: queda de 50%

    • Solar: queda de 23%

    • Armazenamento de energia: queda de 7%

  • Créditos fiscais: Desenvolvedores precisam iniciar obras até o fim de 2025 para garantir os incentivos, evitando restrições ligadas a entidades estrangeiras e possíveis novas regras do Tesouro.

  • Riscos elevados: A corrida para começar projetos exige decisões arriscadas sobre cadeia de suprimentos, conexão à rede, licenças e financiamento — o que pode afastar empresas menores.

  • Perspectiva de longo prazo: Apesar dos obstáculos, a BloombergNEF acredita que o mercado de energia limpa dos EUA continuará resiliente devido à sua competitividade frente ao gás natural e à energia nuclear.



🇺🇸 SEC recua em regra climática e deixa decisão para tribunal – resumo de JDSupra

A SEC criou uma regra que obrigaria empresas a divulgar riscos relacionados ao clima, mas após mudanças políticas, ela parou de defendê-la na Justiça. Em resposta ao tribunal, a SEC afirmou que não vai alterar a regra, mas também não vai lutar por ela, deixando a decisão final nas mãos da Corte. A comissária Caroline Crenshaw criticou duramente essa postura, dizendo que a SEC está ignorando o processo legal. Por enquanto, a regra segue suspensa. Leia os detalhes em JDSupra.



🌾 Inovação no Brasil: Etanol de Trigo Chega com Tecnologia Norte-Americana

O Brasil sempre foi referência na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, mas agora avança na diversificação com um projeto da Be8 Energy em Passo Fundo (RS), que usará cereais de inverno como trigo, triticale e milho. A tecnologia e liderança do projeto ficam por conta da empresa norte-americana KATZEN International, reconhecida globalmente e já presente em boa parte da capacidade de etanol de grãos no país. Prevista para 2026, a planta produzirá 210 milhões de litros de etanol por ano, além de subprodutos como DDGS e glúten vital, fortalecendo a cadeia agroindustrial e reduzindo a dependência de importações. Aqui o press release.



OPORTUNIDADES


🇧🇷 Fastmarkets Latin America Carbon Forum 2025. Clique aqui para ler em detalhes sobre os destaques abaixo.

1. Mercado global de créditos de carbono crescerá 6,5 vezes até 2030

2. América Latina lidera globalmente na emissão de créditos florestais

3. Protagonismo do Brasil na criação de um mercado regulado de carbono

4. Carbono começando a ser tratado como um ativo florestal estratégico

5. Projeto que atraiu investimentos de Apple e Goldman Sachs

6. Créditos ARR com nota BBB podem valer até 5,5 vezes mais que os com nota C

7. Desafio de garantir a integridade dos créditos por até 40 anos

8. Viabilização econômica de projetos de restauração na Amazônia

9. Potencial de valorização: de US$ 2–3 a US$ 50 com governança adequada

10. Sofisticação crescente dos compradores



🇺🇳🇿🇲 UN Adaptation Expo Lusaka, Zâmbia. Lançamento de diretrizes e ferramentas de IA, enquanto líderes alertaram que os mais pobres sofrem as piores consequências. Leia aqui como foi o maior evento anual sobre adaptação climática.


🇬🇧 UK Sustainability Reporting Standards. Baseados nas normas internacionais IFRS S1 e S2, com pequenas adaptações para o contexto do Reino Unido. Consulta Pública até 17 de setembro de 2025.


🇪🇺Survey on the Amended ESRS Exposure Drafts 2025. Pelo European Financial Reporting Advisory Group (EFRAG), sobre as normas europeias de relatórios de sustentabilidade (ESRS), propondo uma redução de 68% dos dados solicitados mas sem comprometer a qualidade das informações. Consulta Pública até 29 de setembro de 2025.



EVENTOS


🇧🇷📍26 a 28 de agosto, IETA Latin America Climate Summit, em São Paulo, Brasil. Detalhes e inscrições aqui.


🇦🇺📍28 agosto a 30 outubro, Carbon Derivatives Seminar. Uma série gratuita de seminários explora como derivativos podem apoiar empresas na gestão de riscos e obrigações de emissões de carbono, com foco em futuros de carbono e seu papel no mercado climático. Parceria entre o Carbon Market Institute e a Australian Securities Exchange (ASX). Presencial, diversas datas e cidades na Austrália. Detalhes aqui.


🇪🇹📍1 a 6 de setembro #ClimateWeek2025 na Addis Ababa, Etiópia. Incluirá uma série de eventos preparatórios à COP 30 em Belém, como encontros sobre o “Mutirão”, a agenda de ação climática e um diálogo obrigatório sobre o fortalecimento do papel das comunidades locais no processo da UNFCCC. Detalhes aqui.


🇪🇹📍8 a 10 de setembro, Africa Climate Summit, Em Addis Ababa, Etiopia. Discussão de vários assuntos também em preparação para a COP30.


🇲🇽📍10 e 11 de setembro, Mexico Carbon Forum 2025, no Centro de Convenções Expo Tampico, em Tamaulipas. Detalhes da quinta edição do evento aqui.



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Destaques da 32ª semana Carbon Credit Markets 2025
Destaques da 32ª semana Carbon Credit Markets 2025

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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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