top of page

Edição Extra! Mercado de Carbono em Foco. Destaques do Fastmarkets Latin America Carbon Forum 2025.

  • Art Dam
  • há 4 dias
  • 12 min de leitura
Fastmarkets Latin America Carbon Forum 2025
Fastmarkets Latin America Carbon Forum 2025

Quarta-feira, 13 de agosto de 2025.


A primeira edição do Fastmarkets Latin America Carbon Forum foi realizada em 11 de agosto de 2025, em São Paulo, Brasil, marcando um novo capítulo na atuação da Fastmarkets na região.


Reconhecida como uma das principais agências de reporte de preços multissetoriais, a Fastmarkets atua nos mercados de agricultura, produtos florestais, metais e mineração, oferecendo aos seus clientes informações estratégicas para decisões de curto e longo prazo.


O evento antecedeu a 20ª edição da Fastmarkets Forest Products Latin America Conference 2025 e consolidou a associação da Fastmarkets aos mercados de carbono, com destaque. A iniciativa contou com a colaboração da Samaúma, Universidade do Carbono, Acotepac e de Carbon Credit Markets, que atuaram como media partners.


Segundo Flávio Ojidos, da Jataí Capital e Conservação, o fórum foi marcado pela excelente organização e por painéis com especialistas de renome, que trouxeram análises consistentes e debates produtivos, gerando insights valiosos. Flávio ressaltou que o evento cumpriu “com excelência” seu papel de promover um debate qualificado, contribuindo para o letramento climático e o amadurecimento do mercado nacional, além de destacar os pontos de atenção para uma implementação eficiente e transparente do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).


Já o advogado Rui Fernando Ramos Alves comentou: “Foi um prazer fazer parte do painel e pensar como será o mercado de carbono no futuro, especialmente sobre os pontos de atenção sobre os novos valores mobiliários e a atuação da CVM.”


Confira abaixo os principais destaques apresentados em cada um dos painéis do evento.



(1) Workshop: Carbon 101


O workshop Carbon Markets 101, conduzido pela Fastmarkets por Gabriel Reis, Forest Carbon Analytics e Josh Cowley, Head of Research, ofereceu uma introdução clara aos mercados de carbono, destacando os desafios climáticos globais e os limites das políticas atuais para conter o aquecimento global. Mesmo com ações anunciadas, a temperatura média já supera a meta de 1,5 °C do Acordo de Paris. Foram abordados conceitos como contabilidade de carbono (Scopes 1, 2 e 3), tipos de mercados (compulsórios e voluntários) e fundamentos dos offsets, que devem ser verificáveis, adicionais, permanentes e livres de vazamentos.


Também foi explorado como os créditos de carbono são criados e utilizados globalmente, os principais tipos de projetos e metodologias — com destaque para a comparação entre REDD+ e ARR — e o papel dos registros na precificação e valorização dos projetos. Entre as tendências atuais, estão a valorização de projetos de alta integridade, o avanço de remoções duráveis e o fortalecimento da infraestrutura de mercado, que contribuem para tornar os mercados de carbono mais eficazes e confiáveis.


Workshop: Carbon 101
Workshop: Carbon 101. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(2) Construindo o Futuro a partir do Brasil: A Política e o Progresso no Mercado de Carbono da América Latina


Segundo Aloisio Lopes Pereira de Melo, Secretário do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil está assumindo papel de liderança na construção de mercados regulados de carbono na América Latina, impulsionado por avanços legislativos e crescente articulação entre governo, setor privado e instituições financeiras


A recente aprovação da lei de comércio de emissões estabelece obrigações claras, limites setoriais e uma estrutura administrativa que será inicialmente vinculada ao Ministério da Fazenda, com transição futura para uma agência reguladora


Comentou também que o país já conta com setores experientes em inventário de emissões, e a implementação prevê inicialmente quotas gratuitas e futuramente leilões. Os esforços tem contado com apoio técnico do Banco Mundial e integração com um mercado financeiro. Iniciativas como o Fundo Clima e a Eco Invest reforçam o protagonismo brasileiro, enquanto empresas com ativos florestais poderão contabilizar créditos de carbono, e seguradoras começam a se envolver, apesar dos desafios jurídicos.


No cenário internacional, Aloisio destacou o uso estratégico dos mecanismos do Acordo de Paris, com foco nos Artigos 6.2 e 6.4, aproveitando a ambição da NDC brasileira para gerar resultados adicionais e desenvolver metodologias próprias


O mercado voluntário também ganha força, com o BNDES liderando esforços em monitoramento e engajamento com o setor financeiro


Concluiu destacando a trajetória brasileira, que remonta ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), e que agora consolida sua posição como referência, ajudando a moldar o futuro do carbono na América Latina.


Construindo o Futuro a partir do Brasil: A Política e o Progresso no Mercado de Carbono da América Latina
Construindo o Futuro a partir do Brasil: A Política e o Progresso no Mercado de Carbono da América Latina. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(3) Enfoque Fastmarkets: Perspectivas dos Mercados Globais de Carbono


Os dados da Fastmarkets apresentados por Carl Peters, Senior Economist, mostram que o mercado global de créditos de carbono está passando por uma transformação estrutural, com crescimento projetado de 6,5 vezes até 2030. A demanda está se diversificando, com maior protagonismo dos mercados regulatórios, do Artigo 6 do Acordo de Paris e do CORSIA, que conta com seguro da MIGA (Banco Mundial)


Há uma ênfase crescente na integridade dos projetos, impulsionada por reportagens como as do The Guardian, que influenciaram a tendência de preços. As metodologias estão mais conservadoras, e há valorização de créditos de alta qualidade, especialmente os de remoção durável como BECCS, DACS e biochar, cujos preços devem cair entre 2025 e 2030, refletindo maior escala: de US$ 420 para US$ 163 no caso de BECCS, e de US$ 230 para US$ 108 para biochar. Já os créditos de redução, como REDD+ e ARR, devem subir: de US$ 6 para US$ 12 e de US$ 25 para US$ 38, respectivamente.


A América do Sul se consolida como um dos principais polos de emissão, com cerca de 20% do potencial global até 2030, sendo 90% desse volume concentrado em projetos REDD+. A indústria de papel e celulose deve contribuir significativamente para o protagonismo do Brasil, enquanto os retirements devem crescer globalmente 3,4 vezes entre 2025 e 2030. 


A demanda no mercado voluntário tende a estabilizar com a aproximação de 2030, mas os compradores estão mais sofisticados, garantindo volumes via contratos antecipados. Há risco de escassez de oferta, mesmo com a ausência de penalidades em grandes economias emissoras. Projetos que atendam a critérios de qualidade, com verificabilidade, adicionalidade e permanência, terão prêmios adicionais e maior potencial de uso, inclusive em sistemas regulados.


Enfoque Fastmarkets: Perspectivas dos Mercados Globais de Carbono
Enfoque Fastmarkets: Perspectivas dos Mercados Globais de Carbono. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(4) Preço vs. Qualidade: O que está impulsionando o valor dos créditos de carbono na América Latina?


A apresentação de Sam Crew, Strategic Markets Editor – Voluntary Carbon Markets da Fastmarkets, destacou os principais fatores que influenciam o valor dos créditos de carbono na América Latina, especialmente em projetos ARR (reflorestamento). Espécies nativas têm um prêmio de 30% sobre exóticas, e projetos com múltiplas espécies valem até 40% mais que monoculturas


Créditos certificados pelo padrão Gold Standard (GS) chegam a valer 70% mais que os da Verra, embora essa diferença deva diminuir com a adoção da metodologia VM0047, voltada para projetos de Aflorestamento, Reflorestamento e Revegetação (ARR). Além disso, os créditos ARR sofrem menos desvalorização por “vintage” (ano de emissão) em comparação aos REDD+.


A qualidade dos projetos, medida por ratings como os da BeZero, tem forte impacto nos preços: créditos ARR com nota BBB valem até 5,5 vezes mais que os com nota C, mas são dez vezes menos disponíveis. No caso dos REDD+, projetos com nota AA chegam a valer 4,75 vezes mais que os de nota C, embora fatores específicos ainda causem variações dentro das faixas de rating


A tendência é que compradores priorizem projetos com ratings mais altos, especialmente em segmentos como IFM (Improved Forest Management, manejo florestal), onde créditos de remoção têm prêmios significativos e maior aceitação no mercado.


Preço vs. Qualidade: O que está impulsionando o valor dos créditos de carbono na América Latina?
Preço vs. Qualidade: O que está impulsionando o valor dos créditos de carbono na América Latina? Foto by CarbonCreditMarkets.com

(5) Além da Compensação: O Que Torna um Crédito Verdadeiramente de Alta Qualidade?


Durante o painel moderado por Sam Carew, da Fastmarkets, foram discutidas questões centrais sobre a integridade dos créditos de carbono, especialmente em projetos ARR


Cassio Souza, da Verra, destacou os quatro pilares da integridade apresentados por Gabriel Reis e levantou a pergunta: “O mercado está disposto a pagar o preço para trazer as florestas de volta?”. Ele apontou que mudanças na legislação brasileira e nos sistemas de certificação podem aumentar a adoção de créditos ARR, desde que haja disposição financeira. Para o futuro, Cassio prevê maior digitalização, mais co-benefícios auditáveis e avanços na credibilidade dos projetos.


Chamss Ould, da dClimate, reforçou que a qualidade é relativa, pois depende da conexão entre vendedor e comprador, e que mais qualidade custa mais


Julio Natalense, da SGS, enfatizou a importância de quantificação robusta, tecnologias replicáveis, evitar vazamentos e desenvolver padrões locais realistas. Ao ser questionado sobre como garantir integridade ao longo de 40 anos em projetos de soluções baseadas na natureza (NBS), apontou o desafio da propriedade da terra, que exige responsabilidade contínua e tecnologia de apoio. Comentários adicionais sugeriram o uso de buffer pools e até seguros como mecanismos de proteção. Julio concluiu destacando o progresso do Brasil nos últimos anos, com metodologias adaptadas às condições locais.


Além da Compensação: O Que Torna um Crédito Verdadeiramente de Alta Qualidade?
Além da Compensação: O Que Torna um Crédito Verdadeiramente de Alta Qualidade? Foto by Fastmarkets.

(6) Atraindo Capital: Um Caso de Sucesso em Carbono Florestal no Brasil


A apresentação da Symbiosis Investimentos, feita por Alan Batista no Latin America Carbon Forum 2025, destacou como a empresa se tornou referência em projetos florestais de alta integridade no Brasil. Fundada em 2010, a Symbiosis atua com espécies nativas e manejo sustentável no bioma Mata Atlântica, integrando restauração ecológica, produção de madeira nobre e geração de créditos de carbono. Com mais de 2.500 hectares sob gestão e 1,6 milhão de árvores plantadas, atraiu investimentos de fundos como o Restore Fund da Apple e Goldman Sachs, graças à sua capacidade de escalar, diversificar receitas e atender critérios ambientais e sociais rigorosos


Aliás, vale referência à publicação Apple’s Carbon Removal Strategy, da qual foram apresentados gráficos muito interessantes, categorizando uma variedade de opções para remover carbono da atmosfera utilizando uma combinação de fotossíntese e processos químicos. Essas abordagens incluem soluções climáticas já existentes, como aforestamento e reflorestamento, além de tecnologias relativamente novas, como a captura direta de ar (DAC) e a alcalinização dos oceanos.


Alan também comentou que para superar desafios como custos elevados, complexidade regulatória e baixa taxa de conversão de projetos elegíveis (apenas 3%), a empresa aposta em inovação, educação e desenvolvimento da cadeia de valor florestal, incluindo viveiros, serrarias e certificações como FSC e VCS.


Ao final, ao ser questionado sobre como obteve permissão dos proprietários para atuar em terras arrendadas e construir parcerias para mudança de uso do solo, Alan explicou que a empresa trabalha com contratos de arrendamento de 10 anos.


Atraindo Capital: Um Caso de Sucesso em Carbono Florestal no Brasil
Atraindo Capital: Um Caso de Sucesso em Carbono Florestal no Brasil. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(7) Painel: Incorporando Ativos de Carbono nas Avaliações de Terras Florestais


O painel moderado por Gabriel Reis, da Fastmarkets, discutiu a crescente incorporação de ativos de carbono nas avaliações de terras florestais, uma prática que começa a ganhar força no Brasil.


Segundo o consultor Jefferson Mendes (BM2C), o carbono deve ser tratado como mais um produto florestal, ao lado da biodiversidade, integrando-se ao ciclo econômico da floresta. Embora já existam avaliações (appraisals) que consideram o valor do carbono, elas ainda são marginais e enfrentam desafios como sua inclusão no fluxo de caixa e a comparação com ativos biológicos consolidados. O modelo de negócio que viabiliza os créditos de carbono ainda está em desenvolvimento e, segundo ele, não deve ser encarado como uma corrida especulativa, mas como parte de uma nova economia verde.


Bruno Martins (MOMBAK) destacou a atuação focada em ARR (Afforestation, Reforestation, and Restoration) na Amazônia, onde o carbono representa 100% da receita em alguns projetos. A chegada desse ativo especializado altera a dinâmica regional, influenciando proprietários e competindo com setores como a pecuária e a indústria papeleira. A valorização da terra passa a considerar o carbono como uma nova oportunidade, ainda em fase de consolidação, mas com potencial transformador para o setor florestal, como reforçado por Beatriz Lutz (Pátria).


Marcelo Wiecheteck (STCP) enfatizou que a monetização do carbono é cada vez mais estratégica, especialmente para a imagem pública das empresas.


Incorporando Ativos de Carbono nas Avaliações de Terras Florestais
Incorporando Ativos de Carbono nas Avaliações de Terras Florestais. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(8) Enfoque Fastmarkets: Carbono Florestal na América Latina


A apresentação de Gabriel Reis mostra que a América Latina lidera globalmente na emissão de créditos florestais, com mais de 280 milhões de unidades emitidas — 80% delas via projetos REDD+. Brasil, Peru e Colômbia concentram 75% do total regional, e os créditos latino-americanos costumam ter valor superior aos de outras regiões, especialmente quando associados a padrões como Gold Standard e ratings elevados. A valorização está ligada à qualidade técnica dos projetos, diversidade biológica e maior demanda por créditos de remoção.


No Brasil, há 3,4 milhões de hectares em projetos ativos e um potencial de expansão para mais de 11 milhões. A emissão de créditos florestais cresce cerca de 10% ao ano, com destaque para ARR e REDD+. A regulamentação nacional avança com exigências de rastreamento e compensação de emissões, e o mercado de carbono começa a impactar setores como papel e celulose, ao competir por áreas produtivas. O país se consolida como fonte contínua de créditos florestais, com forte influência sobre os preços e a dinâmica global do setor.


Enfoque Fastmarkets: Carbono Florestal na América Latina
Enfoque Fastmarkets: Carbono Florestal na América Latina. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(9) Regeneração da Amazônia: Uma Nova Era de Ação Climática Baseada na Natureza


Em painel moderado por Sandy Oliveira (Fastmarkets), os especialistas discutiram os desafios e oportunidades da ação climática baseada na natureza na Amazônia


Rubens Benini (The Nature Conservancy) comentou sobre críticas ao modelo de desmatamento evitado praticado nos últimos 2–3 anos, apontando limitações estruturais. Também destacou a chegada de capital privado ao mercado de carbono, mas alertou para entraves regulatórios, falta de financiamento e a necessidade de mecanismos de governança mais robustos para garantir a integridade dos projetos.


Pietro Scarascia (Samaúma) enfatizou que um projeto de restauração precisa ser economicamente viável, com os créditos gerados cobrindo os custos operacionais — e que a qualificação da equipe é fator decisivo. Ele defendeu uma abordagem de restauração estrito senso na Amazônia profunda, que exige um nexo econômico adicional, diferente da realidade, por exemplo, da Mata Atlântica. Entre os principais desafios, Pietro citou o aculturamento, a tropicalização dos processos, inclusive no aspecto legal, como barreira para a escalabilidade e efetividade dos projetos.


Regeneração da Amazônia: Uma Nova Era de Ação Climática Baseada na Natureza
Regeneração da Amazônia: Uma Nova Era de Ação Climática Baseada na Natureza. Foto by Fastmarkets.

(10) Painel: Política de Carbono em Movimento - O Papel do Brasil na Construção do Futuro do Mercado de Carbono na América Latina


No painel moderado por Pedro Venzon (IETA), especialistas debateram os desafios jurídicos e institucionais para o funcionamento do mercado regulado de carbono no Brasil


Renata Campetti Amaral (Trench Rossi Watanabe) destacou que a estrutura governamental equipada para operar o sistema é esperada até o final do mês, mas ainda há dúvidas sobre a interação com o comércio internacional e sobre quais créditos serão aceitos. Ela apontou a questão fundiária como um dos principais entraves e comparou os projetos de créditos de carbono ao licenciamento ambiental, dizendo que ambos carregam o peso de tentar resolver todos os problemas do país. Também ressaltou a importância de metodologias claras para garantir a integridade do sistema.


Ludovino Lopes alertou que a estrutura do mercado ainda é incompleta, faltando um “mapa da casa” para orientar temas como ajustes correspondentes e ITMOs, especialmente diante da alta ambição da NDC brasileira. Ele comparou o cenário a vários quartos sendo construídos ao mesmo tempo, sem uma planta definida, e reforçou que o tempo é curto e entrelaçado com a pauta política. Quando o mercado regulado começar a operar, deverá influenciar preços, governança e outros mercados. Ludovino exemplificou a jornada de um crédito de carbono, que pode nascer como voluntário valendo US$ 2–3 e, se bem estruturado, alcançar até US$ 45–50 no mercado internacional regulado


Rui Alves trouxe a perspectiva jurídica do cliente, destacando o papel da CVM e a necessidade de um relacionamento estruturado com o mercado, com relatórios regulares, fatos relevantes e visão de longo prazo, como em ativos com horizonte de décadas.


Painel: Política de Carbono em Movimento - O Papel do Brasil na Construção do Futuro do Mercado de Carbono na América Latina
Painel: Política de Carbono em Movimento - O Papel do Brasil na Construção do Futuro do Mercado de Carbono na América Latina. Foto by CarbonCreditMarkets.com

(11) Painel: Da Ambição à Ação. O que os Compradores de Créditos de Carbono Buscam?


No painel moderado por Eduardo Ferreira (The World Bank), os participantes discutiram as expectativas dos compradores de créditos de carbono, com foco em integridade, transparência e inovação


Miguel Chavarría (South Pole) destacou o papel do Artigo 6 e do CORSIA, mencionando que o mercado mexicano passou cinco anos no papel, mas com capacitação insuficiente. Ele ressaltou o momento de forte inovação, com projetos em eólica offshore, hidrogênio verde, baterias e solar flutuante, além da evolução da própria South Pole, que hoje realiza avaliações de risco mais criteriosas e conta com uma equipe robusta.


Leonel Mello (Volkswagen Climate Partner) e Lázaro Gouveia Matheus (Auren Energia) reforçaram o foco atual no mercado voluntário, com atenção crescente a padrões, ratings e due diligence social. Leonel destacou que a Volkswagen, antes focada em REDD+, agora investe em hidrogênio, CCS e biochar, com processos rigorosos de campo e envolvimento com comunidades locais. Lázaro citou uma diligência internacional que durou 10 meses, validando co-benefícios sociais


Tomas Garcia (Itaú BBA) apontou que o banco ainda é um pequeno comprador, sem mandatos formais, em fase de wait and see quanto ao governo e ao Artigo 6. Ele destacou a necessidade de metodologias claras, precificação e segurança jurídica, mencionando o projeto de ALM com a Citrosuco como exemplo de inovação corporativa.


Painel: Da Ambição à Ação. O que os Compradores de Créditos de Carbono Buscam?
Painel: Da Ambição à Ação. O que os Compradores de Créditos de Carbono Buscam?. Foto by CarbonCreditMarkets.com


Quer saber mais? Nossos artigos estão disponíveis no YouTube e no Spotify – experimente!


🏆 Se você tiver uma matéria interessante sobre créditos de carbono no seu país, nossa audiência já alcança mais de 100 nações! Envie sua mensagem diretamente pela nossa página no LinkedIn.


Cadastre-se em www.carboncreditmarkets.com para receber insights, notícias.


 CARBON CREDIT MARKETS

“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

 • Weekly newsletters •

bottom of page