Há alguns dias postamos sobre o GHG Protocol, indicando que a produção de cimento está entre as principais fontes de emissões de CO2, após a queima de combustíveis fósseis, florestas e biomassa.
De fato, muito se fala sobre cimento e concreto hoje em dia. Mas do que se trata? Nossa referência para este artigo é a The European Cement Association (CEMBUREAU), organização da indústria de cimento na Europa que tem sido muito ativa na transição e descarbonização do setor conforme o European Green Deal.
Qual a diferença entre cimento e concreto?
O cimento é uma substância fina, macia e do tipo pulverulenta, usada principalmente para unir areia fina e agregados graúdos no concreto. O cimento é uma cola, atuando como um aglutinante hidráulico, ou seja, endurece quando a água é adicionada. Todo mundo conhece a palavra cimento, mas muitas vezes ela é confundida com concreto ou argamassa. O cimento é um ingrediente chave tanto no concreto quanto na argamassa, e é sempre misturado com outros materiais antes do uso:
Cimento misturado com água, areia e cascalho forma concreto, o principal uso do cimento
Cimento misturado com água, cal e areia forma argamassa
Embora a versão moderna do cimento, chamada de Portland, tenha sido desenvolvida e aprimorada desde o início do século XIX, o Coliseu de Roma também usava concreto em sua estrutura, produzido, entre outros, a partir de cinzas vulcânicas, um material naturalmente calcinado.
A calcinação é a transformação do calcário em cal. Dentro do forno de uma instalação de cimento ocorre essa decomposição química do calcário, gerando normalmente 60% das emissões totais de CO2 do processo de fabricação do cimento. A combustão do combustível gera o resto do CO2.
E clicando na imagem abaixo você poderá navegar em cada etapa do processo de fabricação do cimento. E para cada uma das 10 etapas indicadas, há uma breve explicação e uma lista de políticas relacionadas, como Esquema de Comércio de Emissões da UE, Economia de Baixo Carbono, Economia Circular, Avaliação de Sustentabilidade e Padrões de Sustentabilidade.
E um documento de referência final, um roteiro de 38 páginas "Reaching Climate Neutrality Along the Cement and Concrete Value Chain by 2050".