Hoje é quarta-feira, 28 de agosto de 2024.
Após uma série de artigos sobre iniciativas no setor agro que foram elogiados por nossos leitores, basicamente:
(1) Fazenda Sustentável, créditos de soja e pegado de carbono do leite para cooperados da Frísia; e
(2) Nova metodologia para remuneração extra (créditos de carbono) por práticas agrícolas sustentáveis em fazendas de culturas perenes - café, cacau, seringueira, frutas - da ECCON, Reservas Votorantim e Citrosuco.
Hoje daremos um passo atrás, recuperando conteúdo de artigo - mas mantendo parte do título “O agronegócio brasileiro e as mudança climáticas” - conforme publicamos originalmente em 2022 (época quando éramos pouco mais de 5 mil no LinkedIn enquanto hoje estamos próximos dos 20 mil, além de chegar hoje a leitores em mais de 100 cidades mundo afora diretamente pelo portal www.carboncreditmarkets.com e com nossas newsletters “Week: Top Posts”).
Havíamos abordado o Congresso Brasileiro do Agronegócio de 2022, que trazia alguns bons assuntos em preparação ao posicionamento do agro brasileiro.
Dentre eles um comentário de Luiz Carlos Carvalho, no quesito programas de carbono, quando disse que “O setor é parte da solução, pois absorve parte das emissões. Hoje, a produção de cultivares absorve 45% das emissões”.
Luiz Carlos é presidente da Associação Brasileira do Agronegócio - ABAG, e atualmente membro do Conselho Consultivo da Diretoria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo – Esalq/USP.
Também foi destacado que o agro brasileiro, pela condição excepcional de grande exportador e produtor de alimentos, fibras e energia, precisa estar proativamente engajado nas discussões das métricas de sustentabilidade. E garantir entendimento do que é importante para uma agricultura tropical e não apenas "aceitar o que é bom para o mundo temperado". Tecnologia e a ciência precisam ajudar o agro na adaptação climática, levando em conta as peculiaridades de cada região.
Ao final do evento, comentou-se ainda sobre a importância do etanol, sobre energia renovável .
Ou seja, como 5º maior país do mundo em área e 6º em população, destacando ainda mais contribuições de um jovem Brasil tanto em referências quanto mindset de sustentabilidade na atualidade.
Clique na imagem abaixo para ver breve vídeo, quando Ingo Ploger, conselheiro da ABAG também comentou sobre trabalho do Brasil no mercado de carbono, e aqui para uma matéria da Agroclima a respeito. Vale a pena rever.
Aliás, a imagem abaixo que indica mais carbono no solo do que na atmosfera, foi tirada de uma referência de abril de 2021 intitulada "Mercado de créditos de carbono: uma visão global” (Università del Caffè Brazil / FIA / PENSA – Centro de Conhecimentos em Agronegócios), cujo arquivo (em inglês) consta abaixo para download.
Com autores de altíssimo calibre - Carlos Eduardo Cerri, Christiane Leles Rezende de Vita, Decio Zylbersztajn, Konstantinos Karantininis, Marco Antônio Fujihara e Samuel Ribeiro Giordano - trata-se de um dos trabalhos mais interessantes e completos que já vimos até agora:
ciclo do carbono no solo / plantas / fotossíntese
agricultura, cafeicultura em especial, e o mercado de créditos de carbono
mais carbono nos primeiros 30cm da camada de solo que na atmosfera
por isso, foco maior em manter o carbono no solo como parte do ciclo da fotossíntese do que na questão atmosférica
sistemas agrícolas dos séculos 20 e 21
eficiência dos mercados de créditos de carbono
visão geral (de então) das políticas e estruturas institucionais sobre as emissões de gases de efeito estufa na UE, China, África
métodos de mensuração dos estoques de carbono no solo: agricultura em geral e produção de café
Ainda sobre a ABAG, vale a pena ler o press release de 26 de agosto de 2024 sobre os recentes incêndios florestais no interior de São Paulo.
Amanhã, a princípio, atualizaremos artigos sobre incêndios florestais, sobre offsets florestais no caminho dos incêndios florestais.
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