Novo estudo: desconto de 37,5% no valor das empresas europeias que emitem mais CO2
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Novo estudo: desconto de 37,5% no valor das empresas europeias que emitem mais CO2

Quanto os investidores se preocupam com as emissões de carbono? Por que os mercados podem querer precificar o risco climático?


Esses tópicos foram elaborados em um novo estudo publicado por Houdou Basse Mama (ESCP Business School) e Rahel Mandaroux (Potsdam Institute for Climate Impact Research) divulgado pelo World Economic Forum (WEF) em 20 de março de 2023.


O post de ante-ontem "Como (e porque) construir a tal da Economia Circular" também relacionado ao WEF, mas referindo-se a um relatório de outra organização, a Circle Economy. Também ótima, diga-se de passagem.


Continuando o post de hoje, citamos:


"No contexto da crescente consciência ambiental, os investidores ainda estão dispostos a colocar seu dinheiro em indústrias 'sujas' com externalidades caras? Como os aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança) são cada vez mais considerados na análise financeira, talvez os investidores vejam as emissões de carbono como um risco material que precisa ser precificado?"


Essa linha de pensamento destaca elementos críticos na atualidade. Mais especificamente:

  • custos extras associados às emissões de carbono

  • vários riscos climáticos que potencialmente têm efeitos negativos no "valuation" da empresa

  • políticas e regulamentações para combater as mudanças climáticas

  • preocupações sobre as incertezas dos custos de emissões no futuro

  • transição e o risco da obsolescência tecnologica

  • financistas precificando retornos em mercados de ações incertos

  • fundos mais preocupados com o meio ambiente já "esverdeando" seus portfólios


A pesquisa centrou-se na União Europeia. Três portfólios - 'limpo', 'médio' e 'sujo' - foram construídos com base nas medidas de emissão de carbono de uma amostra de empresas e combinados com dados de emissões, incluindo quantidade de licenças de emissão.


Para nossos leitores envolvidos com modelagem de portfólios, o estudo confirmou a "relação em forma de U esperada entre as emissões de CO2 e as avaliações de mercado 1 ano à frente com uma avaliação que aumentou com as emissões e depois diminuiu além de um determinado limite. Especificamente, o retorno anormal anualizado foi substancialmente maior para o portfólio médio do que para o limpo ou sujo (índices de Sharpe - uma medida de desempenho ajustada ao risco de referência - foram respectivamente 0,47, 0,19 e 0,12)."


Simplificando: "As empresas que em média emitem mais do que seus pares setoriais, são negociadas com um desconto de 37,5%, enquanto as empresas que emitem menos do que seus pares setoriais, a um valor justo."


Clique na imagem abaixo para acessar a pesquisa na Wiley Online Library. E aqui para o artigo do WEF.




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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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