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Sobre as colheitas em um mundo mais quente e seco.

Hoje é quarta-feira, 3 de janeiro de 2024.


Apesar de novas regiões aráveis estarem surgindo no Canadá e Federação Russa, mais terra, mão de obra e produtos químicos não são opções sustentáveis face à grande probabilidade do aquecimento global não desacelerar tão cedo.


Uma resposta imediata é o investimento em pesquisa e desenvolvimento, a busca de novas tecnologias como meio de mitigação e adaptação das culturas ao estresse climático e hídrico persistente.


No campo da inovação agrícola, há um número crescente de pesquisas e startups focando na produção de alimentos nessas novas condições.


Sobre pesquisa, há alguns meses publicamos "Patentes Verdes e o agro no esforço de redução de emissões gases do efeito estufa." sobre um nanocompósito que consegue fixar em sua superfície moléculas de agroquímicos, proporcionando uma liberação lenta, ação mais duradoura e evitando perdas.


Sobre startups, citamos os seguintes 3 casos. (Se você tiver outros exemplos, por favor compartilhe nos comentários ).


Tubos, painéis e cones de polímero colorido colocados sobre, acima ou ao redor das plantas ou outras culturas para aumentar a fotossíntese.

Com a missão de ajudar os produtores a melhor usar a luz solar e o uso mais eficiente da água, dentre outros benefícios.

Já em uso na produção de uvas (vinícolas), abacate, frutas cítricas e castanhais por exemplo.


Eletrodos que penetram na planta e usam aprendizado de máquina para determinar como a planta está reagindo ao insumo agrícola.

"A contaminação pôde ser detectada após apenas 2 dias com um sensor eletrofísico. Isto significa uma economia significativa de tempo em comparação com a inspeção visual.”


Concorrendo com o nitrogênio sintético, utilização de micróbios para conversão de nitrogênio atmosférico à nitrientes para as plantas, ao longo de todo seu desenvolvimento, independentemente do que está acontecendo ao redor.

Já em uso na produção de milho, silagem, trigo e sorgo.



Outra frente bem diferente relaciona-se a fotossíntese propriamente dita. Veja esse caso por exemplo.

Fotossíntese artificial: fusão de vida fotossintética com célula solar.


Cientistas da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA inovaram na abordagem, criando um dispositivo híbrido, parte organismo vivo, parte bateria e parte célula solar. O projeto busca entender o processo de transferência de energia, no caso, na ligação da energia artificial com a fotossíntese natural, "explorando a segunda metade da cadeia de transporte de elétrons fotossintética". Segundo a pesquisadora Christine Lewis "os objetivos da pesquisa são ter a capacidade de ativar a fotossíntese à vontade, eventualmente torná-la mais eficiente e produzir produtos energéticos estáveis".


Clique aqui para o trabalho "Electrochemically Driven Photosynthetic Electron Transport in Cyanobacteria Lacking Photosystem II"* publicado no Journal da American Chemical Society 2022, 144, 7, 2933–2942


E na imagem abaixo para saber mais em artigo da Engenharia Compartilhada de março de 2022.


Por último, vale a pena destacar que em 2022, cerca de 27.260 pedidos de variedades vegetais foram apresentados em todo o mundo para registro no WIPO - World Intelectual Property Organization, um aumento de 8,2% em relação a 2021 e o sétimo ano consecutivo de crescimento.". Relembre matéria de poucos dias atrás "Inovações tecnológicas, metodologias de carbono e mudanças climáticas."




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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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