Saudi Aramco - Saudi Arabian Oil Company - é a maior companhia do mundo em reservas e produção de óleo cru. Apenas como referência, a Saudi Aramco vale US$ 2,37 trilhões, cerca de 23 vezes mais do que a brasileira Petrobras. E lucra R$ 2,5 bilhões por dia.
Recentemente a Saudi Aramco divulgou que planeja começar a armazenar dióxido de carbono permanentemente a partir de 2026 em uma das maiores instalações do gênero. A empresa busca capturar o dióxido de carbono emitido por processos que convertem gás natural em hidrogênio azul e produtos de amônia, dentre outras atividades industriais, e armazenar o poluente no subsolo em um reservatório que anteriormente produzia petróleo e gás. Ou seja, CCS Carbon Capture and Storage. A primeira fase do projeto perto da cidade industrial de Jubail, na costa leste da Arábia Saudita, poderá armazenar entre 5 milhões e 9 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que equivale às emissões de cerca de 1 a 2 milhões de veículos de passageiros movidos a gasolina conduzidos ao longo de um ano. Clique aqui para o press release.
Atualmente a empresa possui a capacidade diária de capturar e processar 45 milhões de pés cúbicos de CO2 na fábrica em Hawiyah. O CO2 capturado é canalizado por 85 quilômetros e bombeado para o reservatório de petróleo de Uthmaniyah, sequestrando o gás e ajudando a manter a pressão no reservatório e a recuperar ainda mais óleo. Desde a injeção inicial de CO2 em 2015, a empresa dobrou as taxas de produção em quatro poços. Clique aqui para mais sobre o CCS da Saudi Aramco.
Clique na imagem abaixo para um artigo da S&P Global intitulado “O Oriente Médio pode se tornar líder na captura global de carbono”. A Mitsubishi Heavy Industries Ltd. (nosso artigo de ontem) prevê um mercado de 50 milhões de t/ano na região daqui há uma década, liderado pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Aliás, esse iniciado do Bahrein é incomum: capturar CO2 da fundição de alumínio da Aluminium Bahrein (Alba). Clique aqui para o press release.
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