A primeira usina nuclear flutuante russa chama-se Akademik Lomonosov. Trata-se de uma barcaça com dois reatores - derivados de reatores de propulsão de navios quebra-gelo - que juntos fornecem potência de reator térmico de 300 MW que é transformada em dois grupos turbogeradores em 70 MW de eletricidade (bruta). Sua construção iniciou-se em 2007, e após conectar-se com o grid em 2019 entrou em operação comercial em 2020, na região de Chukotka, extremo oriente russo. Localizada há cerca de 2mil quilometros do Alasca a temperatura média local é de -9,5 °C ! Segundo a Rosatom - corporação estatal russa especializada em energia nuclear, produtos nucleares não energéticos e produtos de alta tecnologia - os reatores foram projetados para desligar automaticamente sem energia externa e intervenção humana em caso de emergência. Clique aqui para ler mais a respeito no site da empresa.
Então. Em agosto de 2022 o estaleiro chinês Wison Heavy Industries em Nantong, especialista em grandes plataformas offshore, começou a construção do casco de uma nova usina nuclear flutuante para a Rússia, num pacote de quatro embarcações. Trata-se de infraestrutura para o projeto Cape Nagloynyn, no Ártico russo, que fornecerá 105 MWe para um novo porto e para a próxima mina de cobre e ouro de Baimskaya, na Sibéria, prevista para entrar em operação até 2027. Em julho de 2021, Rosatom e GDK Baimskaya, uma subsidiária do Kaz Minerals Group do Cazaquistão assinaram um contrato de fornecimento de energia para o projeto de mineração Baimskaya, que incluí o uso planejado dessas usinas nucleares flutuantes. No total, o desenvolvimento de Baimskaya requer cerca de 300 MWe, portanto, três dessas usinas flutuantes são necessárias, enquanto uma quarta será instalada como backup para interrupções durante o reabastecimento e manutenção.
Clique na imagem abaixo (usina Akademik Lomonosov e simulação das novas, pela Rosatom) para matéria pela Engenharia Compartilhada que fala mais sobre as 4 novas usinas nucleares flutuantes.
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