Dois grandes eventos hoje no 23o. Congresso do IBGC:
(ótima) Palestra “Governança climática e mercado de carbono”, com Carlos Martins, Marco Antonio Fujihara e Nelmara Arbex
Lançamento da publicação “Governança Climática no Brasil: Contexto e Desafios dos Conselhos de Administração”, pelo Chapter Zero Brazil e IBGC e organização de Maria Eugênia Buosi e Sérgio Nunes Muritiba
Sobre a palestra:
Setores emissores: primeiro o inventário de carbono, depois descarbonizar e por último o offset das emissões residuais
Transição energética: recursos insuficientes (constatação recente das ONU). Novos arranjos financeiros. Créditos de carbono como garantia
Escopo 4 (novidade): emissões financiadas (!). Ou seja, desafio para bancos e devedores
Mercados regulados de créditos de carbono: ainda eventuais (e.g. RenovaBio brasileiro). Protocolo de Kyoto, Acordo de Paris e COP26 com documento básico (16 páginas). Falta detalhar. COP27, elabora artigo 6, implantação ao longo dos próximos anos. Enquanto isso, mercado voluntário.
USD 1,5 bi em 2022: mercado de carbono relativamente líquido
Qualidade e integridade dos créditos: ponto de atenção. Adicionalidade, rastreábilidade, evitar vazamentos ("leakage"). Incorporação de atributos. Lista positiva: nuclear, solar, éolica.
COP27: pelas questões geopolíticas atuais, difícil consenso entre os 190 países. “Quedas de braço” entre concorrentes, na agropecuária por exemplo. “Livro de regras” ainda incompleto. E ainda levará anos para sua implementação.
Brasil sob os holofotes. Recursos insuficientes para se buscar mais eficiência, por exemplo, numa agricultura já bastante eficiente em várias commodities. “Nossa intensidade de carbono já é baixa. Somos o pais da fotossíntese. E de uma indústria já “sensível” ao ambiental”. Talvez mais espaço para reflorestar, em sistema misto, reabilitação natural, meio ambiente e renda. E exportar produtos (industriais) verdadeiramente verdes.
Mensagens finais. Nas empresas, trabalhar mais a questão da gestão, da boa execução. Em dupla via com a governança. Com forte advisory. Governança Climática. Conselheiros devem tomar cuidado fiduciário com os compromissos e sua exequibilidade. Ouvindo todos stakeholders e prestando atenção na evolução da doutrina jurídica (ref. Estados Unidos).
Sobre a publicação, 180+ páginas, clique abaixo para acessá-la (mediante breve cadastro)
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