Fusão: como 35 países procuram replicar a reação nuclear como o Sol faz.
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Fusão: como 35 países procuram replicar a reação nuclear como o Sol faz.

Feliz 2024. Hoje é 1º de janeiro de 2024.


Você sabia que a máquina mais complexa já projetada está sendo construída no sul da França?


Estamos falando do ITER - ou “O Caminho” em latim ou International Thermonuclear Experimental Reactor - o primeiro reator de fusão nuclear do mundo, um dos projetos energéticos mais ambiciosos da atualidade.


Durante a última COP-28 e de acordo com o ITER, o Enviado Presidencial Especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, disse que existe potencial na fusão para revolucionar o nosso mundo e que a fusão pode ser uma peça crítica do nosso futuro energético, juntamente com a energia eólica e solar, fissão nuclear e energia geotérmica.


A National Geographic refere-se à fusão nuclear como o fogo nuclear das estrelas e, como tal, poderia fornecer energia abundante sem “inflamar as alterações climáticas”. No papel, a fusão nuclear é um sonho energético: abundante, sem colapsos, sem emissões de carbono que assam o planeta nem resíduos radioativos de longa duração. Problema: iniciar a fusão num plasma magneticamente confinado requer temperaturas de 150 milhões de graus Celsius, 10 vezes mais quentes que o núcleo do nosso Sol.


O principal equipamento construído na França é chamado de tokamak, um dispositivo de fusão magnética que foi projetado para provar a viabilidade da fusão com base no mesmo princípio que alimenta nosso Sol e estrelas.


Desde o seu início em 2005, o ITER representa até agora perto de vinte anos de experiências de investigação colaborativa, com a participação de 35 nações.


Os membros do ITER são a China, a União Europeia (27 estados membros), a Índia, o Japão, a Coreia, a Rússia e os Estados Unidos e estes países partilham os custos de construção, operação e desmantelamento do projeto, e também partilham os resultados experimentais e quaisquer patentes geradas pelo projeto.


Clique na imagem abaixo – dispositivo chamado tokamak – para ver um infográfico da National Geographic explicando esse experimento gigante do ITER. E aqui para acessar o impressionante site do ITER, onde você pode assinar seus boletins informativos.


E se clicar aqui terá um artigo recente da Euronews, que inclui um vídeo muito ilustrativo de 7 minutos que explica todo o tipo de desafios do ITER, incluindo de natureza geopolítica.


Importante saber que também o National Ignition Facility (NIF) na Califórnia, Estados Unidos, está testando uma forma diferente de obter fusão que não através de um tokamak, mas amplificando o poder de feixes de lazer em mais de um bilhão de vezes. Clique aqui para ver um ótimo vídeo de 5 minutos que explica como eles estão fazendo isso.


Em ambos os experimentos - ITER e NIF - o alvo de ignição é o mesmo: duas formas de hidrogênio, deutério (D) e trítio (T), o combustível DT que aquece a temperaturas e densidades extremas até que os átomos de hidrogênio se fundam, criando núcleos de hélio (partículas alfa) e liberando nêutrons de alta energia e outras formas de energia. As partículas alfa resultantes se espalharão e aquecerão o combustível frio circundante, desencadeando uma reação de fusão autossustentável.




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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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