Mais de uma década atrás, cientistas definiram um conjunto de limites biofísicos globais, conhecidos como limites planetários, dentro dos quais a humanidade estaria "em segurança”. Nove áreas são abrangidas – mudanças climáticas, biosfera, nutrientes, água, uso da terra, acidificação dos oceanos, destruição da camada de ozônio, aerossóis e poluentes/patógenos. No ano que vem, em 2023, uma força-tarefa global formada em 2019 por cientistas naturais e sociais e denominada "Earth Commission", emitirá seu primeiro relatório descrevendo os 'limites do sistema terrestre' (ESBs), integrando perspectivas das ciências sociais, buscando garantir limites não apenas seguros, mas também "justos".
Os pesquisadores devem desenvolver métodos para que as cidades e empresas avaliem e mantenham suas parcelas de responsabilidade dos ESBs, seus limites de carbono, água, nutrientes, terra e outros recursos naturais. Mas isso será difícil. Por exemplo, como deveria ser distribuída a responsabilidade pela proteção da floresta amazônica entre centenas de cidades e empresas distantes, que se abastecem na região ou se beneficiam de seu ecossistema ?
Antecipam-se sete grandes desafios na tradução de ESBs para cidades e empresas:
Desenvolver procedimentos comuns
Foco nas interações
Reconhecer diferentes dinâmicas
Alocar para justiça e equidade
Acompanhamento e prestação de contas
Estabelecer mecanismos de governança
E incentivos
Clique na imagem* abaixo para ler mais, artigo da Nature, incluindo referência ao site Science Based Targets Network.
* Um monte de lixo em Accra, Gana, contendo roupas de segunda mão descartadas importadas da Europa e dos Estados Unidos. Crédito: Andrew Esiebo/Panos Pictures
Commenti