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Clima, China, energia eólica e tecnologia: Day-After ao supertufão Yagi, o segundo ciclone tropical mais poderoso do mundo este ano.

Segunda-feira, 16 de setembro de 2024.


Hoje trataremos do impacto do supertufão Yagi nos parques eólicos no Sudeste asiático, algo que acontecia ao mesmo tempo em que a Europa ganhava manchetes no Brasil e no mundo com a compra de aviões anfíbios canadenses para combate a incêndios florestais, além da aviação ser novamente alertada sobre o aumento significativo da velocidade de algumas correntes de ar atmosférico.


O supertufão Yagi foi o segundo ciclone tropical mais poderoso do mundo neste ano. No início de setembro, seus ventos de mais de 245km/h impactaram severamente o Sudeste Asiático, inclusive um parque eólico chinês. Veja a impressionante foto abaixo, artigo do South China Morning Post.


De fato, dada sua natureza imprevisível e catastrófica, esse tipo de fenômeno atmosférico representa ameaça regular a certas partes do mundo, tendendo a dissuadir a instalações de parques eólicos.


Por outra lado, a descarbonização das fontes energéticas também pressiona os países, a grande maioria com poucas alternativas.


A China sabe disso e já vem desenvolvendo turbinas a prova de tufões, inclusive aumentando significativamente seu tamanho, como já relatamos em abril de 2023 “China: mega turbinas eólicas prestes a ficarem ainda maiores”. Dentre outras, o artigo então comentava sobre a empresa a chinesa Mingyang Smart Energy estar aumentando o tamanho das pás das hélices de 67 para 140 metros de comprimento.


Por conta do supertufão Yagi, a mesma empresa divulgou comunicado e imagens no LinkedIn de sua maior turbina eólica flutuante, a OceanX, resistindo ao impacto de ventos de 62 m/s (223 km/h). No site da empresa consta que a OceanX resiste até 79,8 m/s (287 km/h).


OceanX anti-typhoon floating Wind Turbine / turbina eólica flutuante anti-tufão. Mingyang / LinkedIn
OceanX anti-typhoon floating Wind Turbine / turbina eólica flutuante anti-tufão. Mingyang / LinkedIn

Segundo artigo da South China Morning Post, aquele parque eólico com turbinas destruídas pelo Yagi foi o único e porque passava por modernização, exatamente para substituir 32 pequenas turbinas eólicas por 16 versões maiores e mais eficientes, resistentes a tufões.


O supertufão Yagi também danificou uma área para lançamento de foguetes espaciais da China, em Wenchang. A áreas mais favoráveis para lançamento de foguetes - como essa na China, ou Cabo Canaveral nos Estados Unidos ou Guiana Francesa para a União Européia - seriam as de baixa latitude, mais próximas ao equador. Ou seja, mesma posição do globo terrestre onde forma-se os ciclones tropicais, tufões, furacões.


Clique na imagem abaixo para o artigo da South China Morning Post.




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