Hoje é sexta-feira, 27 de outubro de 2023.
No último dia 12 de outubro foi a África do Sul que lançou o seu mercado voluntário de carbono (VCM) através da Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE) em colaboração com a Xpansiv.
JSE Ventures é o nome da nova empresa criada, a partir da qual os clientes poderão acessar a plataforma global da Xpansiv para negociações à vista, leilões ou solicitações de cotações para compensações de carbono e certificados de energia renovável.
De acordo com o comunicado de imprensa, "a África do Sul é o décimo segundo maior emissor de carbono a nível mundial e tem uma necessidade crescente de acesso e fornecimento de créditos de carbono. O mercado voluntário de carbono sul-africano acelerará a criação de projetos de compensação de carbono, ajudará com a oferta de créditos para os emissores que procuram compensar suas emissões, além de aumentar o interesse de investimento no país, contribuir com o crescimento da economia e melhorar as práticas de sustentabilidade".
Os créditos de carbono africanos registraram um crescimento médio de 36% nos últimos cinco anos, de acordo com um artigo do Atlantic Council de junho passado.
A propósito, vale a pena citar a primeira frase daquele artigo: "As empresas estão numa posição única para se envolverem de forma responsável no “velho oeste selvagem” que é o mercado de compensação de carbono, ao mesmo tempo que apoiam a crescente população de baixo e média renda na África. "
“Atualmente, os preços dos créditos de carbono carecem de padronização, sendo os preços determinados pelo tipo ou características específicas dos créditos. Eles normalmente variam de menos de quatro dólares por tonelada para créditos de qualidade inferior, muitas vezes projetos de energia renovável, a mais de cem dólares para créditos de maior qualidade, projetos com tecnologias de remoção de carbono, como a captura direta de CO2 do ar. No entanto, como as tecnologias de remoção em grande escala ainda estão em fase de desenvolvimento, esse tipo de projeto representou apenas 3% de todos que geraram créditos em 2022. Nos últimos anos, créditos de baixo preço ou junk inundaram o mercado, permitindo que dezenas de empresas reivindicassem o status de carbon neutral, com impacto ambiental apenas limitado”.
Clique aqui para ler o artigo completo do Atlantic Council "Through carbon markets, corporations have a role to play in Africa’s development. They should take it seriously".
E na imagem abaixo para o press release sobre a bolsa de valores sul-africana para VCM.
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