Hoje é terça-feira, 27 de agosto de 2024.
No último dia 22 de agosto estivemos no evento “Agronegócio e Mercado de Carbono” em São Paulo, organizado pelo KLA Koury Lopes Advogados, coordenado pela sócia Luanda Backheuser e para discutir os mercados regulado e voluntário de carbono, os créditos e a tecnologia embarcada nos drones usada para desenvolvimento do setor.
No evento, uma platéia seleta e muito interessada interagiu durante apresentações de Yuri Rugai Marinho, Marcelo Stabile e Daniela Gennari da ECCON Soluções Ambientais.
“O Brasil é o principal hub climático do planeta. Temos grande potencial para projetos de carbono envolvendo conservação (REDD+), restauração (ARR) e agricultura sustentável (IALM), além de outras soluções como biocombustíveis, energia renovável e hidrogênio verde.” indica post no LinkedIn da ECCON sobre o evento.
Clique aqui para o press release do próprio escritório KLA.
A ECCON esteve na mídia há pouco tempo, quando junto com a Citrosuco e a Reservas Votorantim, apresentou metodologia de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), a PSA Carbon Agro Perene.
A Citrosuco é a maior produtora global de suco concentrado de laranja, com cerca de 45% do mercado no Brasil e 25% no mundo.
A Reservas Votorantim é uma empresa do portfólio da Votorantim S.A., gestora de mais de 130 mil hectares em diferentes biomas que desenvolve negócios, projetos e soluções baseadas na natureza e envolvendo cadeias produtivas locais.
🔔 Segundo os autores, a metodologia assegura o valor de serviços ambientais prestados pela vegetação nativa contida nas fazendas de
culturas perenes, além de promover boas práticas de manejo em sinergia com a mitigação de impactos climáticos.
Exemplos de culturas perenes seriam cacau, café, seringueira e frutas.
Na verdade essa nova metodologia amplia o escopo de outra anterior, da PSA Carbonflor, desenvolvida pela ECCON com contribuições da Reservas Votorantim e lançada em setembro de 2023 na Climate Week NYC.
Os benefícios especificados pelos autores são os seguintes:
(1) Valoração e monetização de serviços ecossistêmicos;
(2) Emissão de C+ (Carbon Plus) da ECCON;
(3) Facilitação da compensação de emissões de gases de efeito estufa;
(4) Metodologia pública, originalmente brasileira, que atende os preceitos da Lei do PSA (Lei nº 14.119/2021) e a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei nº 12.651/2012).
A oferta de créditos de carbono a partir de metodologias de escopo nacional não são novidade, como por exemplo também se desenvolve na Índia.
Logicamente, a demanda inicial seria local ou mediante acordos diretos entre empresas. E permitiria negócios bem interessantes, como já aconteceu no caso de um leilão de imóveis de um grande banco brasileiro em meados de 2023, que aceitou o pagamento através de determinados créditos de carbono. Relembre matéria “Créditos de Carbono e Bancos”, com link para esse caso do leilão.
Apesar da urgência climática – infelizmente – uma eventual abertura e expansão para o mercado internacional dependeria, entre outros:
- da conclusão das negociações do Artigo 6 do Acordo de Paris;
- de referendo da perspectiva integridade, por entidades especializadas; e
- da pacificação de sua natureza jurídica internacional.
Clique na imagem abaixo para ler a metodologia PSA Carbon Agro Perene, com 127 páginas.
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