43ª semana Carbon Credit Markets 2025. Maior valuation da Amazônia, estudo; metano entra no Artigo 6; ETS2 pressiona UE; Quênia avança; mercado global pode crescer 35x; update UNIDROIT, direito
- Art Dam
- há 2 dias
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Segunda-feira, 03 de novembro de 2025.
43ª semana Carbon Credit Markets 2025. Os créditos de carbono ganham protagonismo na reta final para a COP30.
Destaques da Semana
Nesta edição, compilamos artigos estratégicos para orientar a cobertura da COP30, com foco em aspectos técnicos, políticos, regulatórios e geopolíticos que ajudam a compreender a direção dos mercados de carbono em todo o mundo. Se você está em busca de créditos de carbono com rastreabilidade e impacto ambiental comprovado, temos disponibilidade por meio de parceiros com iniciativas sólidas. Entre em contato por e-mail.
COP Experience: 3.000 km até Belém
Estamos a caminho da COP30 em um motorhome, cruzando o Brasil em 4 dias para compartilhar tudo que acontece na conferência. Acompanhe pelos nossos canais digitais e viva essa jornada conosco.
Enquanto seguimos nossa jornada rumo à conferência, convidamos você a mergulhar nos temas que estão moldando essa transformação global. E se estiver em busca de créditos de carbono com rastreabilidade e impacto ambiental, conte com nossos parceiros. Fale com a gente por e-mail.
Panorama Internacional
Início Operacional do Novo Mercado Global de Carbono: Primeira Metodologia Aprovada para o Acordo de Paris (Out/2025).
No último dia 30, o órgão supervisor da ONU para o Artigo 6.4 aprovou sua primeira metodologia oficial para o mercado de carbono do Acordo de Paris. Essa metodologia define como projetos que reduzem emissões de metano em aterros sanitários podem gerar créditos de carbono alinhados ao Acordo. Ela introduz um sistema de ajuste descendente, onde soluções mais sustentáveis — como o uso do metano para geração de energia — recebem mais créditos ao longo do tempo do que práticas menos eficientes, como a queima simples do gás. A decisão marca o início operacional do novo mercado global de carbono, com outras metodologias (como energias renováveis) previstas para serem aprovadas futuramente
UE prepara o novo mercado de carbono para edifícios e transporte rodoviário, com atenção aos preços (Out/2025).
A Comissão Europeia anunciou medidas para garantir um início estável do novo Sistema de Comércio de Emissões ETS2, que entrará em vigor em 2027 e abrangerá os setores de edifícios e transporte rodoviário. Para evitar impactos negativos nos preços da energia e proteger os consumidores, o plano prevê leilões graduais de licenças, monitoramento de mercado e uso do Fundo Social para o Clima. Após reuniões em Brasília — onde tratou de NDCs, mercados de carbono e adaptação para a COP30— o comissário europeu Wopke Hoekstra reconheceu preocupações com o impacto financeiro do ETS2 e anunciou medidas para garantir preços mais estáveis e previsíveis, como limites de preço, liberação gradual de licenças e antecipação de receitas para apoiar cidadãos e empresas.
Presidente do Quênia defende créditos de carbono como chave para justiça climática na África (Out/2025).
No último dia 09, William Ruto apelou por solidariedade internacional com a África na ação climática, destacando os créditos de carbono como instrumento essencial para financiar soluções sustentáveis e impulsionar o desenvolvimento verde no continente. Cerca de um ano antes, em 18 de setembro de 2024, a S&P Global Commodity Insights havia anunciado uma parceria com o Quênia, reconhecendo-o como a “primeira nação africana a criar um registro de projetos para redução do desmatamento”, reforçando sua liderança no mercado de créditos de carbono.
Novas NDCs entregues.
Enquanto Malásia, África do Sul, Indonésia, Zâmbia, Venezuela, Mauritânia, Brunei Darussalam e Costa do Marfim entregaram atualizações de suas NDCs nos últimos dias, seguimos aguardando os compromissos formais de players estratégicos como União Europeia, China, Índia e México. Aqui nosso último post de algumas semanas atrás quando publicamos mais especificamente sobre esse tema “Seu país já atualizou a NDC? Faltam poucos dias para a COP30.”
Estudos e Projeções
Estudo Científico: Amazônia Está Sequestrando Mais Carbono — E Isso Pode Redefinir os Créditos de Carbono (Set/2025).
Analisando 188 parcelas permanentes de floresta madura em toda a Amazônia, o estudo “Increasing tree size across Amazonia”, publicado na Nature Plants, mostra que o diâmetro médio das árvores aumentou cerca de 7% nos últimos 30 anos — possivelmente impulsionado pelo aumento da concentração de CO₂ atmosférico. Essa mudança estrutural indica maior capacidade de sequestro de carbono por árvore, com implicações diretas para o mercado de créditos de carbono. Se confirmada por metodologias robustas, essa tendência pode ampliar o potencial de geração de créditos em projetos de conservação, REDD+ e reflorestamento. Na prática, florestas com árvores maiores representam estoques de carbono mais elevados, tornando-se ativos ambientais estratégicos para políticas climáticas e mecanismos de compensação. O estudo foi conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por cientistas da UFOPA, INPA e Universidade de Leeds.
Créditos de carbono verificados: UNIDROIT busca consenso sobre direitos de propriedade (Set/2025).
Entre os dias 10 e 12 de setembro, a sexta sessão do Grupo de Trabalho da UNIDROIT discutiu os Princípios sobre Créditos de Carbono Verificados (VCCs), com destaque para sua definição e enquadramento jurídico como ativos sujeitos a direitos de propriedade. O grupo reafirmou que os Princípios se aplicam apenas a VCCs registrados em sistemas formais, excluindo créditos não verificados, com o objetivo de garantir segurança jurídica e integridade ao mercado. O Princípio 4, sobre a lei aplicável aos direitos proprietários dos VCCs, foi amplamente debatido. Os participantes buscaram critérios claros de conexão jurídica, como o local do registro, e destacaram a importância de alinhar o instrumento ao trabalho da Conferência da Haia. Houve consenso de que os VCCs devem ter atributos legais específicos para facilitar sua circulação no mercado secundário.
BloombergNEF: o mercado global de créditos de carbono pode crescer de 20 a 35 vezes até 2050 (Ago/2025).
Impulsionado por uma redefinição focada em integridade e impacto — com destaque para soluções baseadas na natureza e tecnologias de remoção de carbono, os preços médios podem chegar a US$ 60/tCO₂e em 2030 e US$ 104/tCO₂e em 2050, dependendo dos setores predominantes. Leia a análise completa em Long-Term Carbon Credit Supply Outlook 2025.
Iniciativas
Proprietários de terras no estado de São Paulo, Brasil têm uma oportunidade única de receber pagamento por serviços ambientais (PSA) ao criarem Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) (Set/2025).
O Edital de Chamamento Público nº 41/2025 oferece apoio financeiro conforme o tamanho, localização e importância ecológica da área, com bônus adicionais para ações de conservação. Pessoas físicas ou jurídicas com imóveis regularizados de ao menos 10 hectares podem participar. As propostas devem ser enviadas à Fundação Florestal até o início de março de 2026. Saiba mais no próprio Edital.
Paris Agreement Alignment Documentation.
A Gold Standard está recebendo contribuições até 5 de novembro para aprimorar a documentação de alinhamento ao Acordo de Paris, com foco na clareza dos procedimentos e na eficácia das orientações.
Leituras Recomendadas
“I used to think the top environmental problems were biodiversity loss, ecosystem collapse and climate change. I thought that with 30 years of good science we could address those problems. But I was wrong. The top environmental problems are selfishness, greed and apathy — and to deal with those we need a spiritual and cultural transformation. And we scientists don’t know how to do that.” Foi o que disse James Gustave “Gus” Speth — advogado ambientalista formado em Yale, fundador do WRI, ex-conselheiro da Casa Branca e autor de obras influentes sobre sustentabilidade e economia verde — no programa Shared Planet: Religion and Nature da BBC Radio 4, transmitido em 1º de outubro de 2013.
Nossas análises sobre Agronegócio e Hidrogênio — aqui, você sempre se surpreende e aprende antes dos outros.
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Carbon Credit Markets é canal educativo e mídia referência nos mercados de carbono, com forte presença digital e audiência global em mais de 100 países, o site número 1 no Brasil e o 19º mais influente do mundo, segundo o FeedSpot.
COP Experience é uma iniciativa estratégica que conecta empresas e instituições à COP30, que será realizada em novembro de 2025. O projeto oferece presença qualificada, visibilidade global e impacto real na agenda climática internacional.
