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31ª semana Carbon Credit Markets 2025. Chile, Madagascar, Indonésia, UAE, Guiana e Brasil; agricultura regenerativa; “climate factor” para bancos; CDP e SBTi investigadas; SB COP Awards COP30 e mais

  • Art Dam
  • 10 de ago.
  • 8 min de leitura

Atualizado: 10 de ago.

Segunda-feira, 11 de agosto de 2025.


Destaques da 31ª semana Carbon Credit Markets 2025


- Créditos de Carbono. Veja como países como Chile🇨🇱, Madagascar🇲🇬, Indonésia🇮🇩, Emirados Árabes Unidos🇦🇪, Guiana🇬🇾 e Brasil🇧🇷 — estão avançando na regulamentação e implementação de mercados de carbono, com iniciativas que vão desde projetos comunitários e reflorestamento até sistemas jurisdicionais e apoio do setor financeiro.


- Outros Destaques. Enquanto o Brasil🇧🇷 mobiliza R$ 31,4 bilhões para restaurar áreas degradadas via agricultura regenerativa🚜, o Banco Central Europeu🇪🇺 introduz o “climate factor” para ajustar o valor de ativos conforme o risco climático, o CBAM europeu pressiona exportadores latino-americanos, e a 🇺🇸Flórida investiga CDP e SBTi por suposto abuso de mercado, revelando tensões🚨.


- Oportunidades. 🏆SB COP Awards, que reúne mais de 60 federações de indústria e comércio de diversos países, busca iniciativas do setor privado para apresentar na COP30, bem como o BPMA da Amcham Brasil; a FecomercioSP lançou um checklist ESG gratuito para apoiar empresas na transição verde; e a Veolia destaca soluções concretas inovadoras em biogás e biometano.


- Eventos. 📅  O Unicórnio Geológico das Argilas Iônicas (19 ago); Accessing High-Integrity Carbon Markets on the Road to COP30: A Toolkit for Policymakers. (21 ago); IETA Latin America Climate Summit (26–28 ago) e Carbon Derivatives Seminar ( 28 ago a 30 out)


Aqui os detalhes.



CREDITOS DE CARBONO


🇨🇱🌱 Chile se Aproxima à Regulamentação Nacional do Artigo 6 do Acordo de Paris.

O Chile está prestes a implementar sua estrutura legal para atuar no mercado internacional de carbono, conforme o Artigo 6º do Acordo de Paris. O Regulamento Nº 32, que define os critérios para emissão e transferência de certificados de redução ou absorção de gases de efeito estufa, foi enviado em 30 de julho de 2025 à Contraloría General de la República para iniciar o processo de toma de razón — etapa final antes da publicação oficial. Uma vez em vigor, o regulamento permitirá que projetos locais gerem créditos de carbono negociáveis globalmente, fortalecendo a posição climática do país e atraindo investimentos sustentáveis.



🇲🇬🌿 Madagascar Aposta no Mercado de Carbono com Projetos Comunitários e Reflorestamento

O mercado de compensação de carbono em Madagascar está em plena expansão, impulsionado por projetos de reflorestamento, conservação e restauração ambiental. Apesar do crescimento, apenas alguns projetos avançaram para registro oficial, e muitos enfrentam desafios como disputas fundiárias, falta de transparência e impactos sobre a agricultura familiar. A diversidade dos projetos, que vão de grandes iniciativas internacionais a ações comunitárias locais, revela um cenário promissor, mas que exige regulamentação eficaz para evitar riscos como o greenwashing e garantir benefícios reais às populações locais. Leia aqui artigo da Enerzine.com sobre a recente revisão do decreto 2025-626 ampliou o acesso à geração e comercialização de créditos de carbono, permitindo que diversos atores — públicos, privados e comunitários — participem do setor. 



🇮🇩 Indonésia Avança em Mercado de Carbono com Apoio do Setor Financeiro

O relatório da Autoridade de Serviços Financeiros da Indonésia (OJK) destaca o crescimento do mercado de carbono no país desde seu lançamento em setembro de 2023. Até julho de 2025, foram registrados 116 usuários licenciados, com um volume total negociado de 1.599.357 tCO₂e e valor acumulado de IDR 77,95 bilhões. Além disso, a OJK lançou o livro Introducing and Understanding Carbon Trading for the Financial Services Sector, que oferece uma visão prática sobre os princípios, regulamentações e mecanismos do comércio de carbono, reforçando o papel estratégico do setor financeiro na construção de um mercado de carbono íntegro e eficaz. Veja aqui os detalhes no OJK – Monthly Board of Commissioners Meeting de julho de 2025



🇦🇪 Emirados Árabes Regulam Mercado de Créditos de Carbono com Novo Decreto-Lei

O Decreto-Lei Federal nº 11 de 2024, que entra em vigor em 30 de maio de 2025, estabelece um marco robusto para o enfrentamento das mudanças climáticas nos Emirados Árabes Unidos, com destaque para a criação e regulamentação do mercado de créditos de carbono. A legislação institui o Registro Nacional de Créditos de Carbono, define mecanismos de compensação obrigatória e voluntária, e autoriza atividades de comércio de emissões e precificação do carbono (shadow pricing). Além disso, o decreto prevê incentivos para projetos de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS), energias limpas e reflorestamento, posicionando os EAU como um futuro hub regional de finanças climáticas e inovação ambiental. Leia aqui o Federal Decree-Law on the Reduction of Climate Change Effects – UAE Legislation.



🇧🇷 Acre, em parceria com o banco Standard Chartered, lançará até 5 milhões de créditos de carbono jurisdicionais a partir de 2026.

Registrados na plataforma ART-TREES e reconhecidos por sua alta integridade ambiental, esses créditos são gerados com base na redução do desmatamento e representam uma abordagem em escala estadual, garantindo maior credibilidade e impacto climático. Além disso, 72% dos recursos líquidos serão destinados às comunidades locais e indígenas, reforçando o compromisso com justiça social e conservação florestal. Leia aqui o press release.



🇬🇾🇧🇷🌳 ART Registry: Iniciativas de Guiana e Brasil em Territórios com Escala Continental.

Conforme prometemos na semana passada no artigo “Exemplos de Registros sob o Artigo 6.”, hoje comentaremos sobre alguns projetos impressionantes registrados no ART - Architecture for REDD+ Transactions - Registry.


Há alguns meses uma metodologia do ART Registry, a ART TREES, propiciou à Guiana gerar os primeiros créditos de carbono do mundo voltado à compensação de emissões da aviação, para uso por companhias aéreas na fase voluntária do programa internacional CORSIA (2021–2026). E com potencial para a fase obrigatória. Com mais de 50% de sua cobertura florestal original mantida e taxas de desmatamento anual abaixo de 0,22% por ano, a ART reconhece a Guiana tanto como uma jurisdição High Forest cover, Low Deforestation (HFLD) quanto com créditos de carbono de alta integridade. Suriname e Gabão também são consideradas jurisdições HFLD.


Pois também no Brasil já existem 7 estados listados no ART Registry com projetos para créditos de carbono jurisdicionais: Tocantins, Maranhão e Amapá desde 2016, Acre e Pará desde 2023 e Mato Grosso desde 2024. 


Clique aqui para acessar detalhes sobre os respectivos projetos. As seguintes “Accounting areas (ha)” são indicadas, bem como alguns documentos sobre cada projeto:


  • 84.137.082 Pará 


  • 43.166.863 Mato Grosso


  • 18.151.564 Tocantins


  • 14.396.585 Acre


  • 11.059.000 Amapá


  •  6.451.432 Maranhão 


Ou seja, totalizando mais de 177 milhões de hectares, área maior que o Peru🇵🇪 e quase do tamanho do Irã🇮🇷. Se fosse um país, estaria entre os 20 maiores do mundo em extensão territorial.


Se quiser saber mais sobre esses projetos de créditos de carbono jurisdicionais no Brasil, vide esse post LinkedIn de Olivia Marques.



OUTROS DESTAQUES


🇧🇷🌾 Agricultura Regenerativa Impulsiona R$ 31,4 Bi para Recuperar Áreas Degradadas no Brasil

O leilão do Eco Invest Brasil atraiu R$ 17,3 bilhões em capital catalítico, com potencial de gerar R$ 31,4 bilhões em investimentos voltados à agricultura regenerativa e à recuperação de 1,4 milhão de hectares de áreas degradadas. A iniciativa, que contou com 11 instituições financeiras, integra o Plano de Transformação Ecológica do governo brasileiro e visa restaurar o solo, ampliar a segurança alimentar e promover práticas sustentáveis que conciliam produção agrícola com preservação ambiental. Aqui o press release.



🇪🇺OPIS analisa o que o CBAM Europeu Significa para os Exportadores da América Latina.

O CBAM da União Europeia imporá tarifas sobre produtos intensivos em carbono a partir de 2026, afetando exportadores latino-americanos de aço, alumínio, fertilizantes e cimento. Países com altas emissões, como Brasil e Venezuela, podem perder competitividade, enquanto outros com produção mais limpa, como Chile, tendem a se beneficiar. A medida pressiona a região a adotar políticas climáticas mais robustas. Leia matéria completa da OPIS.



🇪🇺Banco Central Europeu introduz “climate factor” e redefine o valor dos ativos financeiros frente à crise climática

O Banco Central Europeu anunciou que, a partir de 2026, ativos usados como garantia em operações de refinanciamento terão seu valor ajustado conforme o risco climático associado — medida conhecida como climate factor. Isso significa que títulos de empresas com alta pegada de carbono poderão valer menos como colateral, pressionando bancos a reavaliar suas carteiras e incentivando uma transição mais rápida para modelos de negócios sustentáveis. A iniciativa marca a primeira integração direta do risco climático na infraestrutura da política monetária europeia, com potenciais impactos sobre crédito, investimentos e estabilidade financeira.



⚖️ Flórida Investiga CDP e SBTi por Suposto “Cartel Climático” e Abuso em Práticas ESG

O procurador-geral da Flórida, James Uthmeier, lançou uma investigação contra as organizações CDP e SBTi, acusando-as de práticas comerciais enganosas e possíveis violações antitruste. Segundo ele, essas entidades formam um “cartel climático” que pressiona empresas a pagar por serviços que influenciam suas pontuações ESG, afetando o acesso a capital e decisões de investidores. A investigação busca apurar se há manipulação de mercado, favorecimento indevido e coerção empresarial sob o pretexto de transparência ambiental



OPORTUNIDADES


🏆 SB COP Awards reconhece projetos do setor privado que realmente funcionam. Além de integrar o e-book oficial, os projetos selecionados poderão ser apresentados na blue zone da COP30, ampliando sua visibilidade global. A meta é documentar todas as iniciativas até meados de setembro de 2025, fortalecendo ações de advocacy junto aos principais tomadores de decisão. A SB COP reúne mais de 60 federações de indústria e comércio de diversos países, representando cerca de 40 milhões de empresas — uma força coletiva com potencial real de transformação. 📎 Confira os critérios de seleção neste link e participe.



🇧🇷📝 Checklist ESG gratuito para apoiar empresas na agenda de sustentabilidade e governança. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo lançou essa ferramenta gratuita que ajuda empresas de todos os tamanhos e setores a avaliarem seu nível de maturidade em práticas ambientais, sociais e de governança. Saiba mais.



🇧🇷🏆 Amcham Brasil abre inscrições para a 5ª edição do Brasil Pelo Meio Ambiente (BPMA), que valoriza iniciativas empresariais em sustentabilidade e baixo carbono. Com a COP30 no Brasil, os projetos inscritos terão destaque internacional. Desde 2021, o programa já reuniu 280 projetos e R$ 30 bilhões em investimentos. 📅 Inscrições até 01 de setembro.



🔹 Transformando Resíduos em Energia Limpa. Em entrevista ao GRI Institute, Breno Palma, diretor da Veolia, destaca como a empresa está revolucionando a gestão de resíduos no Brasil com projetos de biogás e biometano, enfrentando desafios regulatórios e impulsionando a descarbonização industrial. Assista.



EVENTOS


🇧🇷🖥️ 19 de agosto, O Unicórnio Geológico das Argilas Iônicas em Poços de Caldas e os Desafios Regulatórios para Extrair Terras Raras. Pela APEMI, São Paulo, Brasil. Detalhes aqui.


🖥️📍21 agosto, Accessing High-Integrity Carbon Markets on the Road to COP30: A Toolkit for Policymakers. Webinar da VCMI em parceria Climate Vulnerable Forum–V20 e United Nations Development Program. Registre-se.


🇧🇷📍26 a 28 de agosto, IETA Latin America Climate Summit, em São Paulo, Brasil. Detalhes e inscrições aqui.


🇦🇺📍28 agosto a 30 outubro, Carbon Derivatives Seminar. Uma série gratuita de seminários explora como derivativos podem apoiar empresas na gestão de riscos e obrigações de emissões de carbono, com foco em futuros de carbono e seu papel no mercado climático. Parceria entre o Carbon Market Institute e a Australian Securities Exchange (ASX). Presencial, diversas datas e cidades na Austrália. Detalhes aqui.



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Destaques da 31ª semana Carbon Credit Markets 2025
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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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