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25ª semana Carbon Credit Markets 2025. Precificação, ONU, OCDE, WB, IETA, GRI reforçam ações globais, enquanto Brasil, UK, Singapura, Quênia, Noruega, China, EUA, Japão avançam coalizões, eventos.

  • Art Dam
  • há 57 minutos
  • 7 min de leitura

Segunda-feira, 30 de junho de 2025.


- Destaques da 25ª semana Carbon Credit Markets 2025: ONU lança ferramenta de precificação de carbono; o Brasil criará um órgão gestor para seu mercado regulado; o Banco Mundial voltou a financiar energia nuclear; e a Argus Conference destacou o protagonismo latino na agenda climática.


- Créditos de Carbono: Durante a London Climate Action Week, Reino Unido, Singapura e Quênia lançaram uma coalizão para impulsionar créditos de carbono de alta integridade, com meta de mobilizar US$ 250 bilhões até 2050. A OCDE reforçou o papel dos governos em garantir padrões de qualidade e evitar greenwashing. Já a Noruega atualizou sua NDC para 2035, prevendo cooperação internacional sob o Artigo 6 do Acordo de Paris.


- Volta ao mundo: Relatório da IETA mostra que países como Brasil, China e EUA já reagem ao CBAM da UE, com medidas próprias e busca por interoperabilidade. Ao mesmo tempo, a GRI lançou novos padrões de reporte climático e energético, exigindo mais transparência de empresas sobre metas, impactos sociais e uso de energia.


- Oportunidades: Evento no Espírito Santo abre inscrições para trabalhos que destaquem o potencial do mercado de carbono para o setor florestal. McKinsey aponta ganhos bilionários com circularidade na construção. CFA lança certificado sobre risco climático e investimentos.


- Eventos A 3ª Conferência de Clima e Carbono do Brasil acontece em São Paulo (22–23 de julho), debatendo o SBCE e oportunidades da COP30. Em Curitiba, a 1ª Conferência de Inventariação de GEE foca em escopos, IA e mercado de carbono (24 de julho). Já o Japão sedia o fórum internacional ISAP 2025 sobre sustentabilidade na Ásia-Pacífico (29 de julho).



Vamos aos detalhes?



DESTAQUES DA SEMANA


🇺🇳Com foco em precificação de carbono, nova ferramenta da ONU apoia países na formulação de políticas climáticas.

A UN Climate Change lançou a ferramenta CPIA-GEM, que permite a simulação de políticas climáticas como metas de emissões, avaliando seus impactos econômicos e ambientais. Ao incluir instrumentos como o carbon pricing, a ferramenta ajuda a internalizar os custos das emissões de gases de efeito estufa e a orientar decisões que promovam o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixo carbono. Acesse aqui.


🇧🇷 Iminente criação do órgão gestor provisório do mercado regulado de carbono brasileiro.

O governo brasileiro lançará em julho de 2025 o plano do mercado regulado de carbono, com a criação de uma secretaria provisória para gerir o sistema até que o Congresso aprove uma agência reguladora. O modelo abrangerá grandes emissores e permitirá o uso de créditos de carbono de alta integridade, com foco em atrair investimentos e fortalecer a liderança climática do Brasil. Assista.


🏛️☢ Banco Mundial Volta a Financiar Projetos de Energia Nuclear.

O Banco Mundial encerrou sua proibição histórica ao financiamento de projetos de energia nuclear, permitindo agora apoio a reatores existentes, pequenos reatores modulares (SMRs) e melhorias em infraestrutura elétrica. A decisão visa ampliar o acesso à energia limpa e confiável em países em desenvolvimento, diante da crescente demanda global por eletricidade. Leia press release.


🇧🇷🚜Georreferenciamento Obrigatório para Proprietários de Imóveis Rurais no Brasil a Partir de Novembro de 2025.

O certificado de Georreferenciamento passará a ser obrigatório para todos os imóveis rurais no Brasil. Trata-se e etapa essencial para a regularização fundiária e valorização dos imóveis rurais, além de proporcionar maior segurança jurídica nas transações. Aqui os materiais da campanha dos cartórios de Registro de Imóveis, reforçando a importância do cumprimento do prazo: 20 de novembro de 2025.


🌎Sobre a Argus Latin America Carbon Conference 2025.

A Argus Latin America Carbon Conference, realizada em junho de 2025 em São Paulo, Brasil, reuniu especialistas e líderes empresariais para discutir os rumos do mercado de carbono na região. No primeiro dia, foram debatidos o excesso de oferta no mercado voluntário, a necessidade de integridade e padronização dos créditos, e o papel de soluções como ERW e CCS, com destaque para o potencial brasileiro. No segundo dia, empresas como Vale e Ambev apresentaram suas estratégias de descarbonização, enquanto painéis exploraram o papel do setor financeiro, o uso de tecnologias agrícolas e industriais para geração de créditos, e os desafios regulatórios para integrar o Brasil aos mercados globais. A conferência reforçou o protagonismo da região na agenda climática, apesar dos obstáculos institucionais e jurídicos. Aqui detalhes do primeiro e do segundo dia do evento.



CREDITOS DE CARBONO


🌏 Com potencial de US$ 250 bi, coalizão de países quer transformar créditos de carbono em motor da transição climática.

Durante a London Climate Action Week, Reino Unido, Singapura e Quênia lançaram a Coalition to Grow Carbon Markets, uma aliança internacional para impulsionar o uso de créditos de carbono de alta integridade como ferramenta de financiamento climático.


A iniciativa busca mobilizar até US$ 250 bilhões até 2050, com foco em apoiar países em desenvolvimento na transição para economias de baixo carbono. Até a COP30 no Brasil a coalizão pretende estabelecer princípios comuns para o uso responsável de créditos de carbono. França, Panamá e Peru já manifestaram apoio, e a expectativa é ampliar a adesão de países emissores e compradores. Leia mais aqui.


A VCMI é uma organização independente sem fins lucrativos sediada na Rockefeller Philanthropy Advisors. A VCMI foi anunciada pelo então presidente designado da COP26, Alok Sharma, em 31 de março de 2021, e recebeu financiamento da Children’s Investment Fund Foundation, Ballmer Group, Bezos Earth Fund, Google LLC, Packard Foundation e do Department for Business, Energy and Industrial Strategy do Reino Unido (BEIS).



🌏 Governos devem liderar padrões de qualidade nos créditos de carbono, diz OCDE

Publicado em junho de 2025, o novo relatório da OECD Environment Working Papers nº 263 “Exploring governments’ efforts to shape carbon credit markets: Possible actions to enhance integrity” (Wetterberg, K., E. Lanzi e N. Gómez) analisa como os governos podem fortalecer sua atuação nos mercados de créditos de carbono para garantir maior integridade ambiental.


Após uma década de retração no envolvimento estatal, o estudo destaca que os governos têm papel essencial em promover padrões de qualidade mais ambiciosos, harmonizar regras e orientar o uso responsável dos créditos.


A OCDE também sugere que os países aproveitem os mecanismos do Artigo 6 do Acordo de Paris para apoiar a integridade e a transparência desses mercados. O objetivo é evitar práticas como o greenwashing e garantir que os créditos realmente contribuam para a mitigação das mudanças climáticas.


Leia e acesse o relatório da OECD Publishing, Paris, aqui.



🇳🇴 Noruega, nova NDC. Veja qua foi o posicionamento quanto à cooperação voluntária nos termos do Artigo 6º.

Norway plans to fulfil the NDC for 2035 through domestic measures and in cooperation with the European Union in accordance with Article 6 of the Paris Agreement. If deemed necessary, achievement of the target can be supported by ITMOs acquired outside the

European Economic Area (EEA).


Norway has established a program for voluntary cooperation with developing countries under Article 6.Norway NDC 2035.


Sobre a cooperação voluntária, vale também a leitura do portal Norwegian Global Emission Reduction Initiative (NOGER) do Governo norueguês.




VOLTA AO MUNDO


🇪🇺CBAM acelera reação global: IETA mapeia respostas de 13 países ao ajuste de carbono da UE

O relatório da IETA (International Emissions Trading Association), publicado em junho de 2025, analisa as reações globais ao Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM) da União Europeia, à medida que o instrumento se aproxima de sua implementação definitiva em 2026. O estudo oferece uma visão detalhada das respostas políticas e comerciais de 13 economias-chave, incluindo Brasil, China, EUA, Índia e Reino Unido.


Entre os destaques, o relatório aponta:

  • Adoção crescente de medidas similares ao CBAM em outros países;

  • Reconhecimento parcial de preços de carbono estrangeiros pela UE como possível caminho para interoperabilidade;

  • Impactos geopolíticos e comerciais do CBAM, especialmente em setores intensivos em carbono como aço, alumínio e fertilizantes.


A IETA defende que o CBAM pode se tornar um catalisador para harmonização global de preços de carbono, desde que seja implementado com transparência, previsibilidade e diálogo internacional.




🌦️ GRI lança novos padrões de reporte sobre clima e energia

A Global Reporting Initiative (GRI) lançou oficialmente os novos padrões de reporte GRI 102: Mudança Climática e GRI 103: Energia, com o objetivo de fortalecer a transparência e a responsabilidade corporativa frente à crise climática. Anunciados durante a London Climate Action Week, os padrões atualizados alinham-se a frameworks internacionais como o GHG Protocol, o IFRS S2 (da ISSB) e os Padrões Europeus de Relato de Sustentabilidade (ESRS).


O GRI 102 exige que as empresas divulguem metas baseadas na ciência, planos de transição climática e impactos sociais da descarbonização — incluindo efeitos sobre trabalhadores, comunidades locais e povos indígenas. Já o GRI 103 foca nos impactos energéticos, exigindo informações sobre consumo, eficiência, fontes renováveis e estratégias de redução de energia.


Esses novos padrões visam facilitar a interoperabilidade entre diferentes exigências regulatórias e atender à crescente demanda de investidores, reguladores e sociedade por relatórios climáticos consistentes, comparáveis e úteis para decisões. Acesse aqui os novos padrões.



OPORTUNIDADES


📝🇧🇷 Mercado de carbono: os benefícios para o setor florestal - V Simpósio don Ciências Florestais do Espírito Santo, Brasil. Submissão de trabalhos e publicação nos anais do evento. Detalhes na parte inferior do portal de inscrições. Até dia 31 de julho.


🌍📢 How Circularity can Make the Built Environment More Sustainable. É o nome de nova publicação da McKinsey. Minimizar o desperdício e maximizar a utilidade pode adicionar US$ 360 bilhões em ganho de valor líquido até 2050. Leia.


🌍🏅 Climate Risk, Valuation, and Investing Certificate pela CFA. Detalhes aqui.



EVENTOS


🇧🇷📍22 e 23 de julho, 3ª edição Conferência de Clima e Carbono do Brasil, pela Aliança Brasil NBS, em São Paulo. Encontro para fomentar o diálogo, alinhar estratégias e destravar soluções frente à regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e às oportunidades trazidas pela realização da COP 30 no Brasil. Acompanhe.


🇧🇷📍24 de julho, 1ª Conferência Brasileira de Inventariação de Gases de Efeito Estufa, em Curitiba, Brasil. Abordando inventariação de GEE – Escopos 1 e 3, softwares e inteligência artificial aplicados à gestão climática estratégias de descarbonização e compensações, regulação, mercado de carbono e metas SBTi, conexões com a agenda da COP30. Pela Sinergia Engenharia e Ingee Inovação Sustentável. Inscrições aqui.


🇯🇵📍🖥️ 29 de julho, ISAP 2025 - International Forum for Sustainable Asia and the Pacific. Evento híbrido do Institute for Global Environmental Strategies com apoio do Governo do Japão. Detalhes aqui.



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Exploring governments’ efforts to shape carbon credit markets. Possible actions to enhance integrity. OECD. Cover page.
Exploring governments’ efforts to shape carbon credit markets. Possible actions to enhance integrity. OECD. Cover page.

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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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