"Todos que falam de sequestro e fixação de carbono falam de floresta, porque a árvore é o ser que pratica a fotossíntese, que captura o carbono na atmosfera e fixa na célula. Metade da massa de uma árvore é carbono. Quanto mais tivermos árvores plantadas, mais importante será para o sequestro de CO2 da atmosfera. Todos os processos da árvore são muito importantes para termos o equilíbrio de carbono. Prefiro ter um plano de ação que leve a áreas vegetais que possam fixar e manter o carbono. Mesmo quando usamos a madeira, o carbono fica preso nela."
Essa foi a resposta que o engenheiro florestal Joésio Siqueira da STCP de Curitiba deu sobre a contribuição das florestas plantadas na descarbonização, em entrevista concedida á Carta da Indústria da FIRJAN.
Joésio explora as atividades florestais em alguns Estados brasileiros fora da região Amazônica, como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Para o Rio de Janeiro faz um paralelo com o Mato Grosso do Sul para mostrar o grande potencial. Em especial após a nova lei estadual 9.972 aprovada no início do ano. "Hoje, a lei contempla a atração do investimento para o setor florestal e facilita a construção de um ambiente adequado para proteger os recursos naturais do Rio de Janeiro. Contempla a proteção das águas, do solo e da sociedade, além da geração de bens e benefícios" comenta Joésio. Uma lei avançada em relação à de outros Estados. A lei 9.972 "tem por objetivo o desenvolvimento sustentável, a incorporação ao sistema produtivo das áreas alteradas e/ou degradadas a expansão e a consolidação de áreas com florestas produtivas e adequação ambiental das propriedades rurais, que poderá ser realizada através de parcerias e gestão descentralizada"
Clique na imagem abaixo para ler a entrevista completa.
Vale também destacar que ontem, na FEBRABAN TECH 2023, quando tratava de créditos de carbono, a Ministra Marina Silva comentou sobre o potencial das concessões florestais em áreas públicas degradadas: recuperação, manejo sustentável (30-40 anos) e #créditos de carbono. Aliás, também indicou a necessidade de "madeireiras 2.0" capazes de dar vazão a essa "nova onda" de manejo florestal que se avizinha. Post completo aqui no LinkedIn.
Para concluir, frase recente de nosso leitor Flávio Ojidos: "Uma tecnologia muito antiga chamada #árvore" (LinkedIn).