Terça-feira, 19 de novembro de 2024.
Publicado há algumas semanas, o Global Energy Monitor traz notícias positivas em um novo relatório, notícias que normalmente não chegam às manchetes mundiais. Sobre os países do BRICS.
Aqui estão os destaques:
Carvão, petróleo e gás deverão cair abaixo de 50% da capacidade total de energia até o final deste ano;
Eólica e solar representam o dobro da capacidade planejada de energia a carvão, petróleo e gás;
190 GW de capacidade adicional não fóssil já entrou em operação em 2024 somente na China, Índia e Brasil;
O bloco tem projetos de energias renováveis em desenvolvimento suficientes para quase triplicar essa capacidade até 2030.
De acordo com o Global Energy Monitor, os BRICS compreendem o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, um grupo de grandes economias emergentes estabelecido em 2009 e expandido para incluir a África do Sul no ano seguinte. Desde então e até a emissão do relatório, Emirados Árabes Unidos (EAU), Etiópia, Egito e Irã também já haviam se juntado ao grupo.
Considerando que o bloco compreende cerca de metade da população mundial e das emissões de CO₂, com o maior volume de uso de carvão do mundo ainda como fonte energética, os destaques desse relatório são muito relevantes, indicando o compromisso com a redução de emissões, e sinalizando um marco pioneiro e importante no transição para energia limpa.
Apesar da energia baseada em combustíveis fósseis ter perdido terreno no mix energético dos BRICS, praticamente todos os países membros estão construindo novas centrais a carvão, petróleo ou gás.
Clique na imagem abaixo para o press release e de lá acessar o relatório de 31 páginas, com diversos gráficos excelentes.
Metade do relatório são capítulos individuais com os perfis do setor energético de cada um dos 9 países BRICS acima mencionados.
Há poucos dias também publicamos sobre a iniciativa dos BRICS para desenvolver seu próprio mercado de créditos de carbono:
Sobre o Global Energy Monitor, desenvolve e analisa dados sobre infraestrutura, recursos e usos energéticos, proporcionando acesso aberto a informações essenciais para a construção de um futuro energético sustentável. De acordo com o seu portal, tudo começou em 2007, como resposta a um apelo à ação do cientista climático James Hansen, quando um grupo informal de jornalistas e defensores ambientais começou a documentar propostas de 151 centrais a carvão nos Estados Unidos.