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Como evoluirão os preços do carbono, tendo em conta não só os novos regimes de comércio de emissões, mas também a atual conjuntura global e o protecionismo? Novo relatório da OCDE sugere tendência.

Terça-feira, 26 de novembro de 2024.


Trabalhando com mais de 100 países, a OCDE é um fórum político global que promove práticas para preservar a liberdade individual e melhorar o bem-estar econômico e social das pessoas em todo o mundo.


De acordo com um relatório recente da OCDE, “a redução das taxas de imposto sobre o consumo de energia em muitos países, em resposta à recente crise energética, levou a preços implícitos mais baixos do carbono em 2023”.


Por outro lado, o mesmo relatório indica que devido à entrada em operação de cerca 15 novos regimes de comércio de emissões nos próximos cinco anos, uma maior parte das emissões passará a ser precificada.


“Ceteris paribus”, é uma expressão em latim que significa “todas as outras coisas mantidas iguais”.


Por que dizemos isso? Dentre vários motivos, destacamos os seguintes quatro.


(1) o preço tem uma correlação inversa com a quantidade de dinheiro disponível.


(2) a inflação corrói os preços.


(3) os recursos financeiros andam limitados, como já alertou o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, na última reunião de Davos 2024.


(4) A COP 29 no Azerbaijão acabou por comprometer apenas uma fração do financiamento climático necessário às nações em desenvolvimento.



O relatório da OCDE acrescenta que alguns países “também estão considerando efeitos transfronteiriços e novas políticas, tais como as border carbon adjustments”. Por exemplo, o CBAM e os debates na 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (MC13) em Abu Dhabi.


A este respeito, vale lembrar que vivemos numa época em que o mundo passa por um crescendo de tensões geopolíticas por diversas razões.



Independentemente da geopolítica, o gráfico da concentração de CO2 continua mostrando a mesma tendência contínua de aumento na atmosfera desde a Revolução Industrial, um alerta sempre presente nas apresentações de Al Gore.


E Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, fez isso de novo há poucos dias, durante a COP 29 no Azerbaijão:


“A fina casca azul que rodeia o nosso planeta… É azul porque é onde está o oxigênio e é também onde está toda a poluição que leva ao aquecimento global. E é tão fina que se você pudesse dirigir um carro no ar, na velocidade de uma autoestrada, você chegaria ao topo daquela linha azul em cerca de 5 a 7 minutos. E é ela que estamos usando como esgoto a céu aberto para toda a poluição que aquece o globo, a uma taxa de 175 milhões de toneladas todos os dias... em média, a molécula permanece lá cerca de 100 anos, por isso acumula-se... a maior fonte de toda essa poluição, claro, é a queima de combustíveis fósseis, 80% …” disse Al Gore. Aqui você pode assistir e ouvir tudo num vídeo do YouTube da @WeDontHaveTime


Clique na imagem abaixo para acessar o press release da OCDE sobre o relatório “Pricing Greenhouse Gas Emissions 2024: Gearing Up to Bring Emissions Down” que está disponível em inglês e francês.


Por último, mas não menos importante, a expressão em latim citada acima - “Ceteris paribus” - também é utilizado para facilitar a explicação de conceitos, particularmente em Economia e Química, duas ciências - uma social e outra natural - que convergem quando nos referimos a Carbon Credit Markets, certo?


Então, como será o preço e o equilíbrio do carbono nos próximos anos? Natural como Química e ouro, ou social como Economia e vida?



Pricing Greenhouse Gas Emissions 2024. Gearing Up to Bring Emissions Down. OCDE portal 14 November 2024.

 CARBON CREDIT MARKETS

“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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