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Apesar da chegada do La Niña, é cada vez mais provável que 2024 seja o ano mais quente desde o período pré-industrial. E com outras “estranhezas” do tipo como chuva no Deserto do Sahara.

Hoje é quarta-feira, 4 de setembro de 2024.


Notícias interessantes no boletim “Surface air temperature for July 2024” da Copernicus o Programa de Observação da Terra da União Europeia.


Sinalizariam a transição para o La Niña que - oposta ao El Niño - relaciona-se ao resfriamento do Oceano Pacífico na costa oeste da América do Sul, perto do Equador e do Peru, levando a outros impactos na atmosfera e no clima global.


Segundo o boletim Copernicus:


  • atmosfera: julho de 2024 marca o fim de um período de 13 meses em que cada mês foi em média o mais quente no registo de dados para o respectivo mês do ano. Por outro lado, foi o mês quando a Terra viveu os seus dois dias mais quentes registrados, com a média global diária atingindo 17,16°C e 17,15°C nos dias 22 e 23 de julho.


  • oceanos: o Pacífico Equatorial (60°S–60°N) apresentou temperaturas abaixo da média, após uma série de aumentos de 15 anos, com uma temperatura da superfície de 20,88°C, o segundo valor mais alto já registrado para o mês, e apenas 0,01°C abaixo de julho de 2023.


Apesar dessas notícias levemente alentadoras, as temperaturas do ar sobre o oceano permanecem excepcionalmente elevadas em muitas regiões. Julho 2024 esteve 1,48°C acima da média estimada de julho para 1850-1900, o período de referência pré-industrial designado, sendo cada vez mais provável que 2024 seja o ano mais quente já registado.


O clima continuará oscilando entre extremos por causa do calor e da umidade extras em na atmosfera, já que ainda é incerta da duração e a intensidade do La Niña.


A World Meteorological Organization (WMO) já havia alertado sobre essa transição para o La Niña, além de secas na América do Sul.


Clique na imagem abaixo para o “Global Seasonal Climate Update for September-October-November 2024” da WMO, que inclui atualizações importantes sobre a previsão de chuvas mundo afora.


“Na África, entre cerca de 10º e 25º N e a leste de 0º, há maiores probabilidades de precipitação acima do normal” é uma frase que chama atenção. Essas coordenadas indicam proximidade ao Saara, o maior deserto quente do Mundo.


Vale a pena ler matéria atualizada no último dia 2 de setembro com o título “Unexpected Rainfall event starts in the Sahara Desert: A Rare Weather Phenomenon” no portal Severe Weather Europe. Ou assistir matéria de 6 minutos do mesmo dia no YouTube da France24 “Down to Earth: Rare deluge to hit parts of the Sahara”.


Também indicam que neste mês de setembro deverá chover de forma excepcional no deserto do Saara. Sim, chuva no deserto.


Relembre aqui quando chuvas começaram a acontecer no deserto na Península Arábica, com incríveis imagens de satélite de um deserto esverdeado.


#LaNiña



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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

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Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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