Hoje é sexta-feira, 19 de julho de 2024.
Depois da série de atualizações regionais - Namíbia, Alemanha, Canadá e Europa - dando insights sobre ações reais que estão acontecendo na crescente indústria do hidrogênio, hoje vamos encerrar tudo e fechar a semana com uma chave de ouro. Ou melhor, com uma chave de hidrogênio para um futuro próximo.
Outras regiões também estão destacando o hidrogênio.
Embora a tendência atual de mobilidade seja clara quanto aos veículos elétricos, os Estados Unidos e o Japão indicaram o hidrogênio em seus planos nacionais para a descarbonização dos transportes.
Vale acrescentar que os Estados Unidos estabeleceram cooperação com a Austrália em matéria de hidrogênio limpo, além de minerais críticos.
Esta nova economia do hidrogênio também é percebida através de algumas manchetes “exóticas”, como as 7 indicadas abaixo. “Exóticas” até que apareçam na sua porta.
(1) Motor a hidrogênio patenteado pela Ferrari em fevereiro de 2024.
(2) GM e Honda iniciam a produção comercial de células de combustível à hidrogênio para substituir o diesel nos Estados Unidos. (O comunicado de imprensa indica que os novos sistemas de células de combustível serão dois terços mais baratos quando comparados com o custo do sistema de células de combustível da Honda de 2019, ou seja, menos de 5 anos atrás).
(3) Estudos avançados conjuntos com grandes montadoras para produção de hidrogênio a partir de etanol no Brasil.
(4) Arábia Saudita construindo a maior usina de hidrogênio verde do mundo.
(5) Patentes, patentes e mais patentes relacionadas a células a combustível à hidrogênio no transporte. Um relatório exclusivo de 102 páginas sobre o cenário de patentes, da WIPO, World Intellectual Property Organization (Organização Mundial da Propriedade Intelectual).
(6) Cada vez mais ocorrências geológicas de hidrogênio natural são descobertas em todo o mundo.
(7) O carro de corrida a hidrogênio “Pioneer 25” lançado em Londres há poucos dias, para a temporada 2025.
Há muita coisa acontecendo em torno do hidrogênio. Não apenas em termos de regras e políticas, mas na prática. Novas vantagens competitivas estão sendo estabelecidas.
Antes de terminarmos, vamos sugerir um lugar para você visitar, talvez pensar nisso tudo, sair da bolha: Punta Arenas, “el puerto del fin del mundo”, no sul do Chile, Global South.
Por que? Além de estar distante, até certo ponto escondida, por ser lá uma planta de demonstração de hidrogênio combustível altamente inovadora, chamada “Haru Oni”, de propriedade da HIF e que tem Porsche, Enel, ExxonMobil, Enap e outros como co-fundadores. A planta produz e-combustível, utilizando energia eólica e possui um eletrolisador para hidrogênio verde, captura CO2 e alimenta o processo Fischer-Tropsch. A síntese Fischer-Tropsch é um processo catalítico para converter syngas (CO e H2) em um produto semelhante ao petróleo.
Se você não gostou da sugestão de Punta Arenas, aqui vai uma alternativa: Mülheim an der Ruhr, Alemanha, em maio de 2025.
Por que (mais uma vez)? Para participar do evento “100 Anos do Processo Fischer-Tropsch. Um Pilar Central dos Futuros Sistemas Energéticos”. Organizado pela DECHEMA, mesma organização científica mencionada no nosso post de segunda-feira relacionado à Namíbia (link acima). De acordo com o anúncio, “Hoje, a perspectiva é gerar syngas a partir de biomassa ou de CO2 e água com eletricidade a partir de tecnologias livres de carbono, abrindo caminhos “Power-to-X” para combustíveis para mobilidade em setores difíceis de eletrificar e para matérias-primas para a indústria química.”
Detalhes sobre o evento, aqui.
Amanhã compartilharemos post em nossa página no LinkedIn. Fique ligado