12 de jun de 20221 min

Energia solar flutuante pode ajudar a combater as mudanças climáticas

Os painéis solares precisam ser implantados em vastas áreas em todo o mundo para ajudar a descarbonizar a eletricidade. Em 2050, os Estados Unidos podem precisar de até 61.000 quilômetros quadrados de painéis solares – uma área maior que a Holanda. Países com escassez de terras, como Japão e Coréia do Sul, podem ter que dedicar 5% de suas terras a fazendas solares. A questão de onde colocar esses painéis não é trivial. Há uma competição feroz por terras que também são necessárias para a produção de alimentos e conservação da biodiversidade. Uma solução emergente é implantar painéis solares flutuantes ('floatovoltaicos') em reservatórios. Os desertos têm bastante sol e não têm muita competição pelo uso da terra. Os campos agrícolas são outra possibilidade promissora, mas os pesquisadores estão apenas começando a entender como o emparelhamento de painéis solares com culturas em sistemas “agrivoltaicos” afetará a produção de alimentos. Mas colocar painéis solares em reservatórios pode ter muito mais vantagens. Os países das Américas e da África poderiam se beneficiar mais: mesmo uma pequena cobertura de reservatórios por floatovoltaicos deve gerar toda a energia solar necessária para descarbonizar seus respectivos setores elétricos. Brasil e Canadá podem ser hotspots, cada um exigindo apenas cerca de 5% de cobertura de seus abundantes reservatórios para satisfazer suas enormes necessidades de energia solar. No ano passado, o Brasil implementou mudanças regulatórias para ajudar o setor a se desenvolver. Clique para ler mais sobre esta tendência interessante.